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As notícias do campo por Nilson Regalado
09/04/2020 às 20:13
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Robos e humanos | Vitaliy Sokol
O maior desafio da humanidade nas próximas décadas será produzir alimentos suficientes para saciar os dez bilhões de humanos previstos para 2050. Projeções indicam que será preciso “retirar da terra” a cada ano a mesma quantidade de alimentos que o homem foi capaz de produzir ao longo dos últimos dez mil anos, ou seja, desde que o homo sapiens começou a praticar a agricultura. Assim, o agro precisará se reinventar.
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Reduzir o desperdício, hoje em torno de 30% do que é colhido, é urgente. Nesse aspecto, os prazos de validade serão revistos com embalagens mais inteligentes, que mudarão de cor conforme a maturação do produto. Estudo da estatal Embrapa publicado em 2019 indicou que cada família brasileira joga no lixo R$ 1.002,00 todos os anos em alimentos estragados.
Recuperar áreas agricultáveis degradadas e incentivar fazendas urbanas também é fundamental. Abrir novas fronteiras agrícolas será inevitável. Mas, o caminho mais promissor para aumentar a produção passa pela internet das coisas e pela robótica, que já estão na ordem do dia no campo.
E o Brasil caminha para liderar essa revolução tecnológica em escala global. Com um ecossistema vibrante em inovações voltadas ao agronegócio, o País contabilizava em 2019 um total de 1.125 startups desenvolvendo soluções tecnológicas capazes de garantir ao produtor rural maior assertividade.
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Nesse universo de modernização dos processos, a meta é aumentar a eficiência, de olho na sustentabilidade. Assim, 65% da cana produzida no Brasil já é monitorada através da internet das coisas. E isso reduziu em 28% o custo na colheita. A robótica criou tratores que plantam e colhem sem precisar de motorista. Isso diminuiu, o consumo de diesel em até 30%.
A base dessa transformação digital é o sensoriamento remoto das lavouras, que permite interligar informações no conceito do crowdsourcing. Essa agricultura de precisão permite aplicar apenas a quantidade necessária de fertilizante e de água irrigada em cada metro quadrado da fazenda.
O segundo desafio será transferir todo esse conhecimento digital para os pequenos agricultores e para os engenheiros agrônomos mais veteranos, muitos deles ainda no modo analógico...
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“Cachaça” premium...
Acaba de chegar ao mercado a primeira “cachaça” com aroma e sabor de pera asiática. A bebida é produzida no Rio Grande do Sul com cana 100% orgânica em alambiques que já conquistaram 105 prêmios em concursos internacionais. Após a destilação, o suco concentrado da fruta é adicionado ao aguardente.
...com aroma de pera asiática.
A pera da variedade Hosui é colhida em Santa Catarina e lembra mais uma maçã de casca marrom. Essas peras são doces, pouco calóricas, têm sabor suave e são muito aromáticas.
Filosofia do campo:
"No elevador, penso na roça. Na roça, penso no elevador". Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), poeta mineiro.
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