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Nilson Regalado

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Pós-pandemia exigirá internalização da produção e fim da exportação de empregos

As notícias do campo por Nilson Regalado

30/04/2020 às 19:03

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Café

Café | Devon

O cenário desafiador que se descortinará no período pós-pandemia exigirá uma revisão da agenda global em diversas áreas: vigilância em saúde, economia e meio ambiente certamente serão prioritárias. Na economia, a regra talvez passe a ser o empoderamento das nações em desenvolvimento como o Brasil. Internalizar a produção de insumos básicos e agregar valor aos produtos exportados serão medidas importantes para retomada do emprego e recuperação da economia. Nesse contexto, a reunião de cooperativas do agro e associações de produtores poderia balizar preços internacionais de commodities e, assim, aumentar a agrosoberania brasileira. Mas, esse será um desafio para o neonacionalismo de Jair Bolsonaro, que jamais emplacou políticas públicas nesse sentido em 16 meses de governo.

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Maior produtor mundial de café, o Brasil exporta o grão verde para mais de cem destinos, mas, desde o Governo Temer, o País também virou importador da bebida. Assim, o grão que ganha o mundo pelo Porto de Santos volta, depois, torrado e moído. Esse é o caso do café solúvel. Apesar do recorde nas exportações em 2019, o Brasil detém menos de 15% do comércio internacional do solúvel. Enquanto isso, países da Ásia ampliam sua participação nesse mercado com crescimento avassalador neste século.

Entre os países que venderam café industrializado ao Brasil estão até a Bélgica e Luxemburgo, que não possuem sequer um pé de café em produção. Com isso, a indústria brasileira deixa de agregar valor ao grão e os empregos que poderiam ser gerados aqui acabam beneficiando trabalhadores de outras partes do mundo.

O mesmo acontece com o cacau. Famoso em todo o Planeta, o chocolate suíço é produzido com matéria-prima da África, do Brasil e de outros países amazônicos. Assim, amêndoas colhidas na Bahia e no Pará acabam gerando emprego e impostos nas indústrias europeias. Políticas públicas mais agressivas de reconhecimento internacional do produto Made in Brazil poderiam inserir ‘o chocolate amazônico’ em mercados importantes.

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Mesmo sendo o maior produtor mundial de carne no sistema halal, que segue métodos de abate da religião muçulmana, o Brasil tem ampliado nos últimos anos a venda de gado vivo, especialmente para Turquia e Oriente Médio. Assim, os governos locais estão fazendo florescer a indústria de alimentos nesses países, enquanto o Brasil deixa de vender a carne já processada nos frigoríficos daqui...

Berçário de estrelas.
Cientistas do Instituto de Geociências da Unesp de Rio Claro acabam de identificar uma vasta população de asteroides imigrantes de origem interestelar. Dezenove desses asteroides do tipo Centauro orbitam entre os planetas do Sistema Solar. O estudo dessa população poderá fornecer informação sobre o berçário estelar onde o Sol se formou. A descoberta foi publicada no dia 23, pela Royal Astronomical Society.

Filosofia do campo:
"Nós nunca nos realizamos: somos dois abismos – um poço tando o céu". Fernando Pessoa (1888-1935), poeta português.

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