Entre em nosso grupo
2
O faturamento com a venda dos alimentos para o exterior cresceu 25% no mês passado, na comparação com junho de 2020
15/07/2021 às 18:16
Continua depois da publicidade
Colheita de soja | /Fotokostic
A política cambial adotada pelo Governo Federal para incentivar as exportações está promovendo uma acelerada concentração de renda no País. Com dólar valorizado, oscilando perto dos R$ 6,00 durante todo o mês passado, o agronegócio faturou US$ 12,1 bilhões com a exportação de alimentos só no mês de junho. Isso representou algo em torno de R$ 70 bilhões entrando nos bolsos de fazendeiros e empresários do agro, que integram a base de apoio ao Governo Bolsonaro. O faturamento com a venda dos alimentos para o exterior cresceu 25% no mês passado, na comparação com junho de 2020. Enquanto isso, a inflação em maio foi a maior em 25 anos, com nova alta no preço dos alimentos no mês passado.
Continua depois da publicidade
Em junho, a quantidade de carne bovina exportada pelo Brasil aumentou 9,4%, enquanto a quantidade de carne suína vendida ao exterior bateu recorde histórico. As vendas externas de soja também alcançaram valor recorde, algo próximo de R$ 30 bilhões. Os dados são da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Sem intervir no mercado para valorizar o real e reduzir o valor do dólar, o Banco Central viabiliza saldos positivos na balança comercial (que contabiliza exportações e importações). E essa estratégia acaba inflando, também, o PIB, que é a soma de todas as riquezas produzidas no País. Porém, apesar do ‘crescimento’ nesses indicadores, a riqueza produzida em 2021 e medida através do PIB, não será distribuída entre todos os brasileiros.
Somando a alta dos preços no supermercado e o lucro com as exportações, a estimativa da Consultoria MacroSector é que o faturamento do agronegócio atinja R$ 787 bilhões em 2021. Isso representará crescimento de 53% na comparação com 2020.
Continua depois da publicidade
E isso está provocando uma explosão na venda de artigos de luxo, carros e aviões nas cidades movidas pelo agronegócio, conforme apurou O Estado de S. Paulo.
Enquanto isso, a fome dispara no Brasil. Divulgado nesta semana, o relatório mais recente da FAO, órgão a ONU que pesquisa agricultura e alimentação, apontou que 49,6 milhões de brasileiros vivem em situação de insegurança alimentar moderada ou severa. Isso significa que um em cada quatro brasileiros reduziu a quantidade e a qualidade dos alimentos ingeridos na comparação com o estudo anterior da FAO, realizado entre 2014 e 2016.
‘Amanhã de manhã,...
Conforme estudo publicado em junho no Reino Unido pela Universidade de Southampton, beber três xícaras de café por dia reduz o risco de desenvolver e morrer de doenças crônicas do fígado em 49%.
...vou pedir um café pra nós dois’
Os fatores de risco para o fígado incluem álcool, obesidade, diabetes, tabagismo, hepatites e doença hepática gordurosa não-alcoólica. O câncer de fígado é o sexto mais comum no mundo, segundo o World Cancer Research Fund.
Filosofia do campo:
“Talvez não passe de cobre e vidro o que eu julgava ser ouro e diamante”, René Descartes (1596-1650), filósofo francês, em ‘Discurso sobre o Método’.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade