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O roubo do século

A visão da política brasileira por Nilto Tatto

06/07/2020 às 11:41

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- | Gazeta de S.Paulo

Contrariando a ONU e violando o Direito de Autodeterminação dos Povos, o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, retomou na última semana a tentativa de anexação de uma parte do território palestino na Cisjordânia. Após grande pressão internacional, felizmente o projeto de expansão territorial israelense foi adiado, sem previsão de nova data para a retomada das discussões.

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Historicamente, Israel fragmentou, violentou e prejudicou a economia dos palestinos, pelo menos desde 1967, quando as forças israelenses invadiram parte de seus territórios e lá permaneceram até hoje, o que configura crime internacional. Agora, com o apoio do presidente estadunidense, Donald Trump, Netanyahu tenta uma nova investida na expansão de seu projeto de Estado judeu.

O adiamento do projeto, no entanto, não se deu por questões humanitárias, embora estas devessem ser o foco do debate, mas por ameaças de sanções comerciais à Israel por parte de países da União Europeia, caso o processo de anexação seguisse adiante. À luz destes fatos, um movimento internacional em repúdio ao plano, intitulado “Contra o Roubo do Século”, reúne assinaturas e a participação de lideranças do mundo todo.

Além de Lula e Dilma Rousseff, Fernando Lugo, do Paraguai; Pepe Mujica, do Uruguai; Rafael Correia, do Equador e Ernesto Samper, ex-presidente da Colômbia, também aderiram à campanha aqui na América Latina personalidades brasileiras como Chico Buarque, Caetano Veloso e Milton Hatoum. Como membro do movimento internacional de parlamentares em defesa da Palestina (Parliamentarians for All Quds) eu também gravei um vídeo junto com outras lideranças em repúdio à atitude do Estado de Israel.

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Para quem não sabe, Netanyahu faz parte de um grupo de líderes políticos da extrema direita, incluindo Donald Trump (EUA), Matteo Salvini (Itália), Viktor Orban (Hungria) e o nosso presidente, Jair Bolsonaro (Brasil), que não se importam em se aproveitar de momentos de grave crise sanitária, econômica e social para oprimir ainda mais populações inteiras em situação de vulnerabilidade.

*Nilto Tatto é deputado federal pelo PT por São Paulo

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