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É preciso retomar o setor de artes e eventos

Não adianta ficar reclamando porque a população resolveu retomar a vida; ninguém voltará mais para dentro de casa

Bruno Hoffmann

10/09/2020 às 01:00  atualizado em 10/09/2020 às 11:14

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Tenente Coimbra é deputado estadual em São Paulo pelo PSL

Tenente Coimbra é deputado estadual em São Paulo pelo PSL | Divulgação/Alesp

Se tem um setor que está sofrendo os efeitos da crise econômica provocada pela pandemia de forma mais prolongada e desastrosa, é o das artes e eventos. Com as atividades paralisadas desde março, milhares de trabalhadores foram demitidos e perderam a capacidade de sustentar suas famílias. Mas, diante do cenário de reabertura de bares, restaurantes, praias e parques, não faz mais sentido continuar penalizando o setor e afundando ainda mais a economia. O argumento de evitar a aglomeração não tem nexo nesse, e em outros casos.

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Precisamos, o quanto antes, liberar o funcionamento do setor e, com isso, ajudar milhares de trabalhadores e suas famílias. A volta ao funcionamento, vale dizer, cumpre ainda a função de movimentar a economia e até mesmo gerar a reabertura de vagas diretas e a criação de trabalhos indiretos. É um cenário em que, tomados os cuidados necessários à saúde pública, todos ganham.

Assim como ocorreu com a reabertura de bares e restaurantes, que deveriam ter o horário de funcionamento estendido (até mesmo para evitar aglomerações em horários específicos), é indispensável criar um protocolo de segurança para a retomada consciente das operações de teatro, apresentações, shows e outros tipos de eventos.

É possível adotar uma série de medidas como limitar o público; impor o distanciamento seguro por meio de mesas e cadeiras numeradas; fazer toda a assepsia do espaço físico e das pessoas; e a checagem de temperatura para permitir a participação do público. Enfim, o que não faltam são critérios para garantir a saúde das pessoas e para permitir que o setor reabra com toda a segurança.

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Temos visto pela imprensa que, nos últimos dias, as curvas da pandemia já começaram um movimento de queda. O Estado precisa compreender que o cenário é diferente e começar a experimentar outras possibilidades que poderiam ser mais seguras para todos.

Não adianta ficar reclamando porque a população resolveu retomar a vida. Ninguém voltará mais para dentro de casa. Então, por que não se adaptar à realidade que não podemos mudar? Para ter justificativas morais caso algo dê errado? É preciso acabar com a hipocrisia.

O Estado precisa agir de forma direta para que essa realidade não represente mais uma ameaça à saúde de todos. E isso só será possível se o poder público parar de agir feito avestruz, enfiando a cabeça num buraco e fingindo que nada está acontecendo.

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Entramos em uma curva descendente claramente consolidada. Reportagem da Folha de S.Paulo do último domingo (6 de setembro) mostra que há um consenso entre especialistas sobre o fato de uma segunda onda de infecções estar praticamente descartada no Brasil. No texto, o infectologista e professor da USP Esper Kallás diz que dificilmente haverá aumento de casos. Cito suas aspas, na Folha: "Estamos diante de uma epidemia que tem a característica de uma onda única".

Ora, se até os cientistas já entenderam que suas teorias não se aplicaram integralmente à realidade brasileira, o Governo, seja no âmbito municipal ou estadual, precisa mudar urgente sua atitude em relação à pandemia.

*Tenente Coimbra é natural de Santos/SP. Foi eleito deputado estadual com 24.109 votos pelo PSL

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