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Cotidiano

1º de Maio: São Paulo tem ato pelo fim da escala 6x1

Isenção de imposto de renda de até R$ 5 mil também foi um dos focos; Presidente Lula não compareceu

Leonardo Sandre

01/05/2025 às 21:45  atualizado em 01/05/2025 às 21:48

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Aproveitando o Dia do Trabalho, centrais sindicais realizaram nesta quinta-feira (1º/5), junto de representantes do governo federal, o maior evento deste feriado

Aproveitando o Dia do Trabalho, centrais sindicais realizaram nesta quinta-feira (1º/5), junto de representantes do governo federal, o maior evento deste feriado | Paulo Pinto/Agência Brasil

Aproveitando o Dia do Trabalho, centrais sindicais realizaram nesta quinta-feira (1º/5), junto de representantes do governo federal, o maior evento deste feriado. O ato ocorreu em defesa da pauta do fim da escala 6x1, com redução da jornada de trabalho e sem diminuição de remuneração.

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Os organizadores presentes (sindicatos e ministros) também reforçaram as reivindicações da isenção de imposto de renda de até R$ 5 mil, igualdade salarial entre homens e mulheres e diminuição dos juros.

Estiveram no evento, que ocorreu na praça Campo de Bagatelle, na zona norte de São Paulo, os ministros do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo; e das Mulheres, Aparecida Gonçalves.

Detalhes do evento

O ato político, que começou por volta das 11h, foi organizado pelas centrais sindicais Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores, e pela Pública – Central do Servidor. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) participou como convidada.

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“A jornada de trabalho tem que ser reduzida. A última redução que nós tivemos da jornada foi em 1988. Nós temos certeza de que, hoje, nós temos condições de trabalhar até menos do que as 40 horas semanais. Temos que ter mais tempo para descanso, para família, para estudar, ainda mais no momento em que a gente tem muitos problemas relacionados à saúde mental”, disse o presidente da Força Sindical, Miguel Torres. 

Segundo ele, a aprovação da redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6x1 dependerá, no entanto, da mobilização popular e do convencimento de um Congresso Nacional conservador. 

“O trabalho que nós vamos ter é de convencer a maioria do Congresso, que é conservador, da necessidade de pensar no Brasil como um todo, pensar nas pessoas, em num país mais desenvolvido, com mais segurança na saúde das pessoas”, acrescentou. 

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Quem também falou foi o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Ele afirmou que a proposta tem apoio do governo, mas necessita de diálogo com o empresariado, principalmente dos setores de comércio e serviço, além do convencimento do Congresso Nacional.

“É preciso de uma construção, de várias mãos, que passa pelo diálogo com o empresariado, que passa especialmente pelo comércio e serviço. E passa, especialmente, pelo diálogo político com o Congresso Nacional”, disse. 

De acordo com ele, o Congresso deve avaliar qual seria o impacto positivo para a economia brasileira e para o ambiente de trabalho. "É assim que temos que olhar. Não é uma coisa 'A' contra 'B', é preciso olhar o interesse do país", acrescentou Marinho.

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Já o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, disse ver chances reais de as pautas do fim da escala 6x1 e a isenção do imposto de renda de até R$ 5 mil passarem pelo Congresso. Para ele, a redução da jornada de trabalho é uma medida “civilizatória”.

“Eu acho que tem chance de avançar, é uma pauta civilizatória. A escala 6x1 é um crime contra o trabalhador, é cruel contra a classe trabalhadora. Nós todos não precisamos só de trabalho digno e salário justo. É necessário ter tempo para viver, ter tempo para estar com a família, ter tempo para fazer o que gosta, para jogar seu futebol, para ouvir música, para estar com os filhos”, disse.

Sobre a isenção no IR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou ao Congresso Nacional, em 18 de abril, o projeto de lei da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. O texto que será analisado também cria desconto parcial para aqueles que recebem entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, reduzindo o valor pago atualmente.

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“Eu acredito que vai ser aprovado no Congresso Nacional porque é outra pauta que caiu no imaginário coletivo muito positivamente. A isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil significa dizer: quem ganha menos não paga imposto e quem ganha mais paga o imposto justo. Eu acho que vai passar, tem uma mobilização boa na sociedade, o clima é bom, eu tenho muita esperança que isso passe”, disse Macêdo.

Ausência do presidente Lula

Outro ponto que repercutiu no evento foi a ausência do presidente Lula. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República disse que, apesar de Lula não ter vindo ao ato, o presidente participou da "semana do 1º de Maio", recebendo as centrais sindicais em Brasília na última terça-feira (29/4), quando os trabalhadores apresentaram uma pauta unificada da categoria. 

“O presidente Lula faz falta em qualquer lugar que ele não esteja. A presença dele é a presença viva da história pela luta democrática do país. Isso aqui é parte da história dele, foi quem projetou ele para o mundo político e para o mundo da sociedade. Ele está aqui pela sua obra, ele está aqui pelas suas ações, ele está aqui pela sua história, ele está aqui pelo que ele está fazendo hoje no governo”, disse Macêdo.

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