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Cotidiano

Depois de ter mandato cassado, Demóstenes tenta voltar ao Congresso

Demóstenes tenta voltar ao Congresso Nacional depois de ter o mandato de senador cassado, em 2012, por ter o seu nome ligado ao escândalo do caso Cachoeira Por Folhapress

21/08/2018 às 22:30

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O ex-senador Demóstenes Torres (PTB-GO) é candidato a deputado federal com patrimônio declarado de R$ 2,51 milhões. O valor total informado à Justiça Eleitoral aumentou 571% - mais de seis vezes - desde 2010, ano em que declarou bens de R$ 374,9 mil.

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O senador atribui a maior parte do acréscimo ao financiamento do apartamento onde mora, em Goiânia.

Demóstenes tenta voltar ao Congresso Nacional depois de ter o mandato de senador cassado, em 2012, por ter o seu nome ligado ao escândalo do caso Cachoeira, revelado pela Operação Monte Carlo. Ele ficaria inelegível até 2027, mas conseguiu reverter a situação após o Supremo Tribunal Federal (STF) considerar as provas ilegais e mandar arquivar os processos.

O candidato afirmou à reportagem que o sistema da Justiça Eleitoral não possibilita que dívidas sejam declaradas separadamente. Ele disse que financiou o apartamento no valor de R$ 1,2 milhão. No entanto, acrescentou, o imóvel não foi pago integralmente por ele nem quitado ainda. Segundo o ex-senador, a sua mulher, Flávia Coelho Torres, pagou R$ 400 mil, um terço do valor total.

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De acordo com o candidato, 800 mil foram financiados em 30 anos. "Vou terminar de pagar daqui a 24 anos, quando tiver 81 anos de idade. Já paguei 150 mil", afirmou. Além disso, ele disse que tem um empréstimo de R$ 400 mil para pagar. "O meu patrimônio, de fato, gira em torno de R$ 1,1 milhão, conforme declarei no Imposto de Renda no início do ano."

O petebista diz que está preparado para lidar com possíveis críticas, caso volte ao Congresso. Antes de ter o mandato cassado, ele era visto pelos outros parlamentares como o defensor da moral. "Desde que saí do Senado, vejo esse tipo de questionamento. As críticas ficaram menores. As pessoas tomaram conhecimento do que ocorreu. Não houve prova."

Se chegar à Câmara dos Deputados, o ex-senador, que se licenciou do cargo de procurador de Justiça pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para se candidatar, disse que vai focar no conhecimento jurídico, na segurança pública e na criação de leis como a da Ficha Limpa e a da Transparência, das quais ele foi relator.

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Demóstenes queria mesmo era retornar ao Senado, mas teve de recuar. "Não teve jeito de ser candidato ao Senado, já tinha dois candidatos. Os dois já estavam definidos e não tinha possibilidade de ter outro", afirmou.

O petebista integra o grupo político que apoia a reeleição do governador de Goiás, José Eliton (PSDB), que assumiu o cargo em abril com a renúncia de Marconi Perillo (PSDB).

Os candidatos ao Senado pelo grupo são Perillo e Lúcia Vânia (PSB). Ela deixou o PSDB, em 2015, com críticas veladas ao então presidente da sigla, Aécio Neves.

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Já o senador e empresário Wilder Morais (DEM), candidato à reeleição e que ocupou o posto de Demóstenes após ele ter o mandato cassado, apoia, para o governo goiano, Ronaldo Caiado (DEM), o principal adversário de José Eliton.

Wilder declarou à Justiça Eleitoral R$ 28,1 milhões em bens. Ele é o candidato mais rico entre os 12 que disputam vaga ao Senado por Goiás.

No total, de acordo com a Justiça Eleitoral, Goiás tem sete candidatos ao governo do estado; 12, ao Senado; 211, a deputado federal; e 811, a deputado estadual.

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