A+

A-

Alternar Contraste

Segunda, 02 Junho 2025

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Polícia suspeita que casal matou jovem grávida em ritual satânico em Mongaguá

Uma apólice de R$ 260 mil e o sacrifício de crianças podem estar por trás da morte da jovem de 20 anos Da Reportagem De São Paulo

21/08/2018 às 23:20

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram

Uma apólice de R$ 260 mil e um culto satânico podem estar por trás da morte de A.B., de 20 anos, que a polícia suspeita ter sido assassinada em Mongaguá, no litoral sul de São Paulo, no começo de julho.

Continua depois da publicidade

A jovem, que estava grávida de três meses, foi encontrada sem vida pelo Corpo de Bombeiros em uma praia no dia 3 daquele mês. Até o início de agosto, as autoridades trabalhavam com a hipótese de afogamento, apresentada pelos patrões dela, S.R.M. e S.M., de 47 e 41 anos respectivamente, que se diziam seus padrinhos.

Nas últimas semanas, no entanto, a polícia tomou conhecimento de um seguro de vida feito em nome da vítima cuja beneficiária era sua patroa. Ela morava há menos de sete meses com o casal.

“Trabalhamos com indícios. Tem a apólice de seguro, mas também achamos contas correntes, cartões de crédito e até uma empresa abertas no nome da vítima”, revelou o delegado Ruy de Matos, da Delegacia Seccional de Mongaguá. “Ela está há sete meses com um casal que nunca viu nem mais gordo, nem mais magro e já sai abrindo isso tudo? Estranho, não?”.

Continua depois da publicidade

O casal teve a prisão temporária decretada na última sexta-feira sob a suspeita de ter matado a gestante para ficar com o valor da apólice.

A polícia também trabalha com mais uma possibilidade. Em uma busca na casa do casal em Itanhaém, cidade vizinha ao ocorrido, agentes encontraram objetos e livros de seitas satânicas.

O delegado diz acreditar que a morte da moça está relacionada aos rituais. “A suspeita diz que eles são luciferianos, diferentes dos satanistas, mas é tudo do mal”, diz de Matos. “Eles iriam ofertar duas crianças a Lúcifer”. A polícia suspeita que o feto que a vítima gestava seria o primeiro deles, de quem o suspeito do crime seria o pai.

Continua depois da publicidade

O delegado revela ainda uma série de contradições no depoimento prestado pelo casal. “Eles disseram que ligaram para a polícia, bombeiros e resgate, mas não ligaram para ninguém”, afirma de Matos.

Durante a revista, a polícia também encontrou um caderno com anotações de como seria feito o depoimento para o boletim de ocorrência. “Eles têm essa coisa dramatúrgica. A moça ia andar às 19h30 no meio do breu que é aquela praia, entrar na água só até a altura da canela e sumir no meio do nevoeiro? Isso não existe”, afirma o delegado.

O depoimento do casal também conflita com o da mãe da vítima. De acordo com ela, a jovem saiu de Aparecida de Goiânia, a mais de 1.000 quilômetros do litoral paulista, em busca de uma nova oportunidade de emprego. Ela disse que estranhava as conversas que tinha com a filha pelo telefone e sentia que havia algo errado.

Continua depois da publicidade

Agora, a polícia procura por outros possíveis beneficiários e envolvidos na apólice de seguro e nas contas e empresa abertas no nome da vítima, além dos dois intermediários que apresentaram a jovem ao casal, um de Goiás e outro de São Paulo.

A Polícia Científica também aguarda o resultado de duas substâncias encontradas no corpo da vítima, uma na boca, semelhante a vômito, e outra de “odor não decifrado” no estômago.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados