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A estatal arrecadou o valor com a venda de sua participação em ativos de geração eólica de transmissão de energia, em um leilão com baixa competição e lotes sem interessados Por Folhapress De São Paulo
27/09/2018 às 21:48
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A Eletrobras arrecadou R$ 1,3 bilhão com a venda de sua participação em ativos de geração eólica de transmissão de energia, em um leilão com baixa competição e lotes sem interessados.
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A estatal pretendia levantar ao menos R$ 3,1 bilhões com a venda das participações, que foram divididas em 18 lotes. No entanto, não houve propostas para 7 deles no certame, realizado nesta quinta-feira (27), na sede da B3, em São Paulo.
O interesse foi mais baixo entre os empreendimentos eólicos: dos 8 lotes, 5 não receberam proposta, e os demais foram vendidos pelo preço mínimo, sem disputa.
Os ativos de transmissão tiveram desempenho melhor, embora dois lotes não tenham recebido oferta.
Em alguns deles, houve concorrência e o preço ficou acima do mínimo ofertado - caso da linha de transmissão Uirapuru, no Paraná, arrematado pela Copel com ágio de 20,35%.
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Outro lote, com ativos de transmissão em Minas Gerais, recebeu propostas da Taesa e da Alupar, que ofereceram o preço mínimo. Como nenhuma das duas quis aumentar a oferta, a decisão foi feita por sorteio, vencido pela Alupar.
A Equatorial levou o lote de maior valor do leilão. O grupo já era acionista majoritário da Intesa (que tem linhas de transmissão em Tocantins, Goiás e Pará) e comprou os 49% restantes da Eletrobras por R$ 277,5 milhões.
Alguns dos resultados ainda podem ser alterados, porque o edital prevê o direito de preferência dos acionistas que já têm participação no ativo, junto da Eletrobras. Após a realização do leilão, esses sócios poderão escolher ficar com a participação da estatal pelo mesmo valor ofertado pela companhia vencedora o certame.
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Ou seja, quem venceu o leilão desta quinta não necessariamente levará o ativo, já que o acionista majoritário poderá fazer a mesma oferta e ficar com a participação.
A baixa competição já era esperada pelos analistas do setor. O principal motivo apontado é que a participação da Eletrobras nos ativos vendidos era minoritária.
O leilão é parte de um plano de reestruturação da estatal que vem sendo conduzido pelo presidente Wilson Ferreira Junior desde meados de 2016, quando assumiu.
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As medidas têm reduzido o endividamento da companhia: ao fim de 2016, a dívida líquida da estatal era de cerca de R$ 23,4 bilhões, valor que caiu para R$ 20,3 bilhões no ano seguinte e, ao fim de junho, era de R$ 17,6 bilhões.
Além desse leilão, o plano inclui a venda das distribuidoras da Eletrobras no Norte e no Nordeste do país, a redução do número de funcionários por meio de programas de demissão voluntária, redução de investimentos, entre outros.
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