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Apesar de ter se apresentado à polícia, por força da legislação eleitoral, o mandato de prisão que pesa contra ele não pode ser cumprido Por Estadão Conteúdo
27/10/2018 às 01:10
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Apontado como membro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e com a prisão preventiva decretada pelos assassinatos de dois líderes da facção, A.L. da C.L., de 39 anos, se apresentou na noite da quinta-feira , 25, à Polícia Civil do Guarujá, no litoral do Estado de São Paulo. O suspeito, no entanto, não ficou preso. Por força da legislação eleitoral, o mandato de prisão que pesa contra ele não pode ser cumprido.
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Ele foi indiciado pelos assassinatos de R.J. de S., o "Gegê do Mangue", e F.A. de S., o "Paca", mortos em Aquiraz, no Ceará, em fevereiro deste ano.
Ele se apresentou ao delegado do 2.º Distrito Policial, prestou depoimento e saiu pela porta da frente, acompanhado pelo advogado. Pela lei eleitoral, em razão do segundo turno das eleições, ninguém pode ser preso até as 17 horas do dia 30 de outubro, exceto em caso de flagrante delito. O teor do depoimento do suspeito não foi divulgado.
Depois de ser indiciado pelas mortes dos chefões do PCC, juntamente com um comparsa, É.M.S., de 34 anos, A.L. da C.L. desapareceu. O PCC teria liberado um "salve" em presídios de todo o país ordenando a morte da dupla.
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A polícia chegou a acreditar que ele estava morto, até maio último, quando A.L. da C.L. pediu à Justiça do Ceará o relaxamento da prisão. O pedido foi negado. Há informações de que a cúpula do PCC já teria "perdoado" o suspeito pelas mortes dos dois líderes.
"Gegê do Mangue" foi encontrado morto no dia 18 de fevereiro, em Aquiraz, na região metropolitana de Fortaleza, para onde teriam sido levados de helicóptero. No mesmo local, a área de uma reserva indígena, foi localizado o corpo de "Paca".
Os dois foram executados a tiros e facadas. Quatro dias depois, também foi assassinado com tiros de fuzil, na capital paulista, W. da S., considerado o braço direito de Gegê.
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A.L. da C.L. foi considerado pela polícia do Ceará um dos participantes diretos da execução dos líderes do PCC. Ele teria chegado ao Ceará no dia 13 de fevereiro e se hospedado em um hotel com mais três acusados.
No dia 15, ele e É.M.S. deixaram o hotel sem pagar a última diária. O crime aconteceu menos de uma hora depois.
Além da dupla da Baixada Santista, a polícia cearense indiciou pelos crimes o piloto de helicóptero F.R.M., de 31 anos, preso em Goiás, em maio - ele teria levado as vítimas até a emboscada. Outro envolvido, W.F. da S., 32 anos, foi morto no dia 23 de fevereiro em São Paulo.
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A.L. da C.L. figura como dono de uma chácara no município de Bertioga, no litoral paulista, avaliada em cerca de R$ 1 milhão. O imóvel foi bloqueado pela justiça por suspeita de origem ilícita. A chácara foi adquirida há três anos e passou por reformas, incluindo a construção de uma piscina.
Conforme vizinhos, ele costumava dar festas no local. Depois dos assassinatos atribuídos a ele, a chácara tem permanecido vazia.
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