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Cotidiano

Moradores se assustam com crimes na Vila Mascote

Moradores dizem estar com medo, mas alguns garantem que há também exagero sobre a sensação de insegurança Da Reportagem De São Paulo

10/11/2018 às 12:30

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Nos últimos dois meses uma onda de assaltos no bairro da Vila Mascote, na zona sul da capital paulista, provocou uma sensação de medo entre os moradores, que realizaram até protestos contra a violência. A Polícia Militar prendeu na madrugada da última quarta-feira (7) cinco suspeitos de participarem de ações criminosas no bairro.

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A região apresenta uma mistura de prédios de alto padrão, casas mais simples e favelas, como a Alba, Vietnã e Coreia.

A empresária Maria Enesia, dona de uma lavanderia no bairro, conta que a situação da criminalidade piorou nos últimos anos.

“Já foi tranquilo. Hoje, não é mais. Estamos sem confiança de ir ao banco para fazer algum pagamento ou mesmo de ir à padaria. Sempre aparecem notícias sobre assaltos de celulares, mesmo durante o dia”, explica.

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Segundo Maria, nunca houve um assalto à sua lavanderia e aumentou a presença policial pelas ruas. Contudo, por via das dúvidas, a mulher gastou um pouco a mais para instalar um sistema de segurança conectado diretamente a uma empresa particular.

“Gosto de me prevenir para não acontecer comigo o que já aconteceu com alguns dos meus vizinhos. Mesmo assim, sei que não estou 100% livre do risco”.

Para a psicóloga Ana Maria, moradora há 10 anos de um condomínio no local, não é fácil se sentir segura na região.

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“Quando saio para passear com os meus cachorros, vou sem nada de valor, seja celular ou a bolsa. Às vezes meu filho precisa falar comigo e não consegue. A gente acaba ficando presa dentro de casa. Quando saio, tenho medo de ser assaltada e, pior, de não voltar”, conta.

“Há exageros”

Não são todos, porém, que creem que o bairro esteja especialmente perigoso. Um dos que acredita que haja um certo exagero é o engenheiro Daniel Miedzinski, síndico de um condomínio no bairro. Ele também é tutor do Programa de Vigilância Solidária (PVS), que conta com a participação de 82 condomínios da Vila Mascote.

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“Não aumentou a violência. O que aumentou foi a percepção da violência”, explica Miedzinski. De acordo com o engenheiro, de 2016 para 2017 a criminalidade caiu 20% no bairro; e, de 2017 para este ano, decresceu ainda mais.

A sensação de insegurança, em suas palavras, tem dois responsáveis: o aumento de reportagens televisas sobre a criminalidade na região e o WhatsApp, que faz com que os moradores às vezes se alertem à toa. “Grupos de WhatsApp não faltam, e, de vez em quando, surgem informações exageradas ou mesmo inverídicas. A informação mal divulgada muitas vezes é pior que a não a informação”, diz.

Para Miedzinski, a PVS tem tido um papel fundamental para combater a criminalidade. “É porteiro com porteiro interligados com sistema de rádio. A PVS não combate o crime que está ocorrendo; a PVS previne o crime”, finaliza.

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Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirma que as polícias Civil e Militar têm atuado em conjunto na região da Vila Mascote, com ações coordenadas pela 2ª Delegacia Seccional, para coibir os roubos e furtos.

“Nos nove primeiros meses deste ano houve redução dos roubos (-24%), dos roubos de veículos (-18%) e furtos de veículos (-16%) na região da 2ª Seccional em comparação com o mesmo período de 2017. No período 2.788 pessoas foram presas, 1.691 veículos foram recuperados e 150 armas de fogo apreendidas na área”, finaliza a nota.


*Por Bruno Irala

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