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A força-tarefa paulista foi criada em julho de 2017 após o STF (Supremo Tribunal Federal) enviar para primeira instância os desdobramentos das delações da Odebrecht sobre investigados sem foro por prerrogativa de função. Por Folhapress
24/01/2019 às 14:03
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A força-tarefa da Lava Jato em São Paulo vai trocar de comando pela terceira vez em um ano e meio de existência e diminuirá de tamanho. Três procuradores da República pediram para sair do grupo que, no Ministério Público Federal, é responsável pelos desdobramentos das investigações iniciadas em Curitiba.
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A chefe da equipe, Thamea Danelon, solicitou desligamento. Outros dois procuradores, Bruno Magalhães e Ana Cristina Bandeira Lins, também sairão da equipe. O grupo, que era de 11 integrantes, ficará com 8.
Thamea ficou apenas três meses na chefia da equipe paulista. Ela havia assumido o cargo em novembro, em substituição a Thiago Lacerda Nobre, que é procurador-chefe da Procuradoria em São Paulo. Thamea alegou assuntos familiares para saída. Sua substituta será Anamara Osório Silva, uma especialista no combate a lavagem de dinheiro e crimes financeiros e que atuou nas operações Satiagraha (que prendeu banqueiro Daniel Dantas, em 2008) e Banco Santos (que levou para a cadeia o banqueiro Edemar Cid Ferreira, em 2006).
A força-tarefa paulista foi criada em julho de 2017 após o STF (Supremo Tribunal Federal) enviar para primeira instância os desdobramentos das delações da Odebrecht sobre investigados sem foro por prerrogativa de função.
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De lá para cá sofreu críticas por apresentar resultados mais modestos na comparação com as equipes de Curitiba e do Rio de Janeiro. Até agora, os procuradores paulistas ofereceram quatro denúncias e ajuizaram uma ação de improbidade administrativa na Justiça Federal de São Paulo.
Apesar de o grupo ter nascido para investigar os ilícitos revelados pelos delatores da empreiteira, não houve denúncias diretamente relacionadas a esse acordo, que menciona supostos repasses ou pagamentos de propinas a políticos. O mais próximo que a equipe de investigadores chegou disso foi denunciar 33 pessoas sob a acusação de cartel nas obras do trecho sul do Rodoanel, com uso de provas da empreiteira obtidas no acordo de leniência firmado com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão federal.
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