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Cotidiano

Cava subaquática em Cubatão é alvo de protestos

Após rompimento de barreira, voltaram às redes sociais compartilhamentos sobre riscos de vazamento na região. Por Vanessa Pimentel De Cubatão

30/01/2019 às 06:06

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O rompimento de uma barragem da mineradora Vale, em Brumadinho, Minas Gerais, fez voltar às redes sociais compartilhamentos de ambientalistas e profissionais da área que criticam a decisão da VLI, empresa de logística criada pela Vale e que opera um terminal na Baixada Santista, de depositar em uma cava subaquática os sedimentos retirados pela dragagem no canal de Piaçaguera, na Área Continental de Santos, divisa com Cubatão. De acordo com eles, caso ocorra um vazamento do material confinado, a Baixada Santista sofrerá com a contaminação de metais pesados.

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Quando a área a ser dragada possui elementos de contaminação, como acontece no Canal de Piaçaguera, que por décadas recebeu poluentes vindos, principalmente, do Polo Industrial de Cubatão, são necessárias diversas análises ambientais e estudos para que a decisão sobre o processo escolhido de remoção e disposição dos sedimentos
seja a mais segura.

E é exatamente este o ponto de conflito entre os ambientalistas que fazem parte do movimento “Cava é cova” e a empresa: eles questionam por que a VLI optou por manter em uma cratera dentro da água os sedimentos contaminados retirados pela dragagem, ao invés de depositarem as substâncias em um ambiente terrestre, controlado e com o tratamento e monitoramento adequados.

Cintia A. Labes, formada em biologia marinha e uma das lideranças do movimento, explica. “É muito mais seguro fazer o monitoramento desses resíduos em terra do que em meio aquático porque temos a todo instante as correntes, a movimentação da maré, ventos, ou seja, efeitos externos que fogem ao controle do homem, principalmente na hora de conter um possível vazamento”.

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Quanto às comparações que começaram a surgir nas redes sociais entre a cava e o que ocorreu em Brumadinho, o consultor ambiental Élio Lopes e também representante do movimento, esclarece que o impacto, no caso de um vazamento, não pode ser comparado ao que houve em Minas Gerais.

“A forma de dispersão das substâncias confinadas na cava seria mais lenta e gradual, sem invasão de casas ou algo parecido. O prejuízo maior seria a contaminação do complexo manguezal por metais pesados e, consequentemente, à vida humana pelas doenças que um vazamento deste pode trazer”.

A prefeitura de Cubatão também se posicionou informando que a ligação entre os fatos ocorridos em Minas Gerais e a construção da cava é “descabida”.

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VLI

Em entrevista ao DL, Alessandro Gama, representante da VLI, reforçou que a metodologia para construção de uma cava e de uma barragem é totalmente diferente, e não há ligação entre as duas situações.

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