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Com conforto para sete passageiros, muita tecnologia e aspecto robusto, o 5008 Griffe Pack tem a tarefa de reafirmar a força da marca Peugeot Da Reportagem De São Paulo
16/02/2019 às 14:00
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A Peugeot já viveu tempos mais gloriosos em território brasileiro. Em 2010, quando foram emplacados no País 3,33 milhões de automóveis e comerciais leves, a marca francesa vendeu pouco mais de 90 mil unidades, que lhe garantiram 2,71% de “market share” e o posto de nona maior marca do mercado brasileiro. Já em 2018, quando o Brasil emplacou 2,47 milhões de unidades de automóveis e comerciais leves, a Peugeot vendeu apenas 23.676 unidades, ficou com 1% de participação e terminou o ano como a décima primeira marca. Ou seja, na comparação entre 2010 e 2018, as vendas de veículos leves do País caíram 25%, mas as da Peugeot baixaram 74%.
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Para voltar a crescer, a estratégia da companhia no Brasil é oferecer uma gama de produtos com posicionamento premium entre as marcas de alto volume. E o utilitário esportivo 5008 – principalmente na versão de topo Griffe Pack – é importado da França para cumprir uma função estratégica: agregar robustez e tecnologia à imagem da Peugeot, normalmente mais associada à esportividade e ao design.
Não foi por acaso que o 5008 foi o escolhido para essa tarefa. Na segunda e atual geração do SUV, apresentada em 2017, a Peugeot adotou uma parte frontal com um visual bem contemporâneo, de aspecto forte, com traços agressivos. Há muitos cromados nos vincos e nas janelas, que ampliam a elegância e a imponência do conjunto. O 5008 é construído sobre a plataforma EMP2, a mesma do 3008. O SUV tem 4,64 metros de comprimento, com 2,84 metros de entre- eixos, 1,91 metro de largura e 1,65 metro de altura que permitem transportar até sete passageiros – há dois bancos extras retráteis no porta-malas.
Com esses dois bancos retraídos, leva até 780 litros de carga. O motor é o mesmo 1.6 16V THP que equipa o 2008 e o 3008. Bebe apenas gasolina e gera 165 cavalos. Nos testes do Inmetro, o 5008 obteve conceito “C” no geral e na categoria, com um consumo de 9,5 km/l na cidade e 12,1 na estrada. O câmbio é automático de 6 marchas, com tração dianteira.
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Um dos pontos de destaque do Peugeot 5008 Griffe Pack são as tecnologias semiautônomas. O SUV vem com controle de cruzeiro adaptativo, frenagem automática de emergência, alerta de colisão, direção ativa – que atua sobre o volante baseada no monitor de permanência na faixa e no monitor de ponto cego –, detector de fadiga, farol alto automático e leitor de placas de velocidade.
Para reforçar a segurança, o SUV traz de série seis airbags, ABS e controle de estabilidade e tração. Faróis full led, interior em couro, bancos dianteiros elétricos com sistema de massagem no encosto, chave presencial para travamento e partida, câmara de ré, sensores de obstáculos dianteiro e traseiro, carregador de celular por indução, sensores de luminosidade e de chuva reforçam o pacote tecnológico. O sistema multimídia com tela “touch” e conexão com Apple CarPlay e Android Auto não tem GPS, mas espelha Google Maps e Waze de smartphones.
O 5008 custa R$ 175.990 na versão Griffe e R$ 181.990 em sua configuração de topo Griffe Pack. Talvez em virtude dos preços elevados, suas vendas não foram tão expressivas no mercado brasileiro. O SUV médio-grande chegou em abril, vendeu 628 unidades em 2018 e 43 unidades em janeiro deste ano – média de 67 unidades mensais no País.
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O utilitário esportivo 5008 pode não ser tão visto nas ruas brasileiras, porém, cumpre nas vitrines das concessionárias a função de dar uma imagem mais forte e imponente aos modelos da Peugeot.
Aparato tecnológico
O motor do 5008 é o mesmo 1.6 turbo a gasolina que move os utilitários menores da Peugeot no Brasil, da linha THP, com 165 cavalos de potência máxima e 24,5 kgfm de torque desde 1.400 rpm. Referência de desempenho quando chegou aos veículos da Peugeot há 10 anos, hoje em dia o motor 1.6 THP, projetado em parceria com a BMW, perdeu o velho status. Dinamicamente, o SUV não chega a ter um comportamento arrebatador, mas também não decepciona. Para um SUV das dimensões do 5008, o motor entrega um desempenho honesto, sem exuberância ou carência de força. Retomadas e ultrapassagens são feitas de forma correta, sem aparentar falta de fôlego. O câmbio automático de 6 velocidades se esforça para entregar mais performance quando o motorista pressiona o acelerador. O conjunto é competente, mas não chega a emocionar ninguém. Acionando o modo Sport, em um botão no console, as marchas são trocadas com o giro um pouco mais elevado, o que aumenta a percepção de esportividade.
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Nas curvas, o 5008 é bastante convincente e “tira de letra” os trechos sinuosos em velocidades elevadas. Os diversos controles dinâmicos e até tecnologias semiautônomas reforçam a segurança e o conforto de quem dirige. O Sistema de Correção e Alerta de Permanência em Faixa reconhece as linhas da estrada e alerta o motorista caso ele saia de sua pista involuntariamente. O Leitor de Sinalização de Velocidade informa a velocidade máxima permitida na via e o motorista pode decidir se quer ou não adaptar ao limite permitido. O Sistema de Ponto Cego Ativo funciona por meio de sensores de ultrassom laterais e uma câmera de vídeo, emitindo alertas caso haja algum veículo no ponto cego, além de corrigir a trajetória se houver risco de colisão. Graças ao Piloto Automático Inteligente, o SUV regula sua velocidade para evitar ao máximo qualquer risco de colisão – dá para regular a distância adequada em três níveis: distante, normal e perto. O Sistema de Frenagem Automática e o Alerta de Colisão identificam obstáculos à frente e emitem alertas de diferentes níveis, até mesmo acionando o freio para evitar um acidente. Assistência de farol alto, sistema de câmeras 360 graus ao redor do carro, sensores de estacionamento e detector de fadiga também ajudar a facilitar a vida do motorista. As tecnologias são sempre bem-vindas, contudo o veículo dá a impressão de que raramente precisa delas. Nas frenagens, o 5008 se mantém sempre bem equilibrado. Um sistema de tração integral, inexistente no 5008, certamente daria um comportamento mais instigante ao modelo nas trilhas.
*Por Luiz Humberto Monteiro Pereira, da Agência AutoMotrix
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