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Produzido no Brasil pela Caoa Chery sobre a plataforma TIX da marca chinesa, o Tiggo 7 chega às concessionárias neste mês Da Reportagem De São Paulo
23/02/2019 às 15:00
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A Caoa Chery acaba de apresentar o utilitário esportivo Tiggo 7. Produzido em Anápolis (GO), vem em duas configurações de acabamento, a T, com preço de R$ 106.990, e a TXS, a R$ 116.990. As duas justificam o alto preço para um carro concebido na China. O Tiggo 7 é uma prova de que os veículos fabricados ou desenvolvidos pelos chineses começam a trilhar o caminho do sucesso já conseguido há 20 anos pelas montadoras sul-coreanas. O novo SUV é equipado com o motor 1.5 turbo bicombustível com 147 cavalos de potência a gasolina e 150 cavalos com etanol, sempre a 5.500 rotações por minuto, e torque de 21,4 kgfm na faixa de 1.750 a 4 mil rpm com ambos combustíveis. Funciona acoplado à transmissão automática de dupla embreagem (DCT) de 6 velocidades.
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Produzido no Brasil pela Caoa Chery sobre a plataforma TIX da marca chinesa, o Tiggo 7 chega às concessionárias neste mês. Considerado pela marca como um utilitário esportivo premium, o carro tem dimensões maiores, características mais sofisticadas e foi desenvolvido para um público que necessita de mais espaço e conforto para a família. Com a chegada do novo modelo, a Caoa Chery passa a ter três veículos no cada vez mais disputado segmento de SUVs: o Tiggo 2, o Tiggo 5X e o Tiggo 7. O carro tem 4,50 metros de comprimento, 1,83 metro de largura, 1,67 metro de altura e 2,67 metros de entre-eixos. O porta-malas acomoda 414 litros de bagagem até a altura dos vidros e 1.100 litros com o encosto do banco traseiro rebatido.
Conforme a Caoa Chery, as linhas do Tiggo 7 se inspiram na fluidez das águas, transmitindo a ideia de constante movimento. Sua frente traz uma ligação cromada que passa pela grade do radiador, interliga os faróis e confere a elegância do estilo. Único detalhe fora de sintonia é a grade, que remete indisfarçavelmente aos modelos da Lexus. As luzes sinalizadoras de direção estão posicionadas junto aos faróis e nas portas dianteiras. O conjunto óptico é formado por leds aplicados ao DRL de circulação diurna. Os faróis de neblina têm função de auxílio em manobras de estacionamento e os principais contam com acendimento automático. As maçanetas das portas têm acabamento cromado. Na versão topo de linha TXS, um destaque são as luzes de boas-vindas: o nome do modelo é iluminado na soleira e projetado no piso.
Em termos de conectividade, o Tiggo 7 vem equipado com um sistema multimídia com tela colorida de 9 polegadas, sensível ao toque, que comanda o ar-condicionado dual zone, o sistema de áudio e o Bluetooth, com espelhamento para Android Auto e Apple CarPlay, além de permitir a visualização das câmeras de ré e panorâmica de 360 graus e os controles de funções do veículo. A versão T tem ainda o acabamento das portas em couro e do teto em tecido, alças de segurança dianteira e traseiras, saída do ar-condicionado para os bancos traseiros, botão start/stop para partida sem chave, câmera de ré com guias dinâmicas de direção, rodas de liga leve de 17 polegadas, ar- condicionado elétrico, direção com assistência elétrica, coluna de direção regulável em altura (manual), computador de bordo, velocímetro digital, console central dianteiro e de teto com porta-óculos, controle elétrico de vidros com função antiesmagamento e sistema one touch (abertura e fechamento) e Cruise Control (piloto automático). A TXS – a testada nesta avaliação – acrescenta alavanca do câmbio automático em couro, ar-condicionado dual zone, rodas de liga leve de 18 polegadas, câmera de visão 360 graus e console central traseiro com porta-copos.
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O SUV da Caoa Chery tem 60% de sua estrutura construída com aços de alta resistência e tratamento térmico em várias partes da cabine. Na parte de baixo do chassi, o carro tem estruturas longitudinais que absorvem e distribuem uniformemente a energia gerada por uma eventual colisão, proporcionando maior resistência e ampliando a segurança dos ocupantes. O Tiggo 7 chega nas cores preto, prata e cinza metálicas e branco perolizado. A Caoa Chery oferece três anos de garantia para o veículo e cinco anos para motor e câmbio.
Aparência com essência
Se o Tiggo 7 causa uma boa impressão no visual ao ser apresentado, a história se estende na hora do test-drive, pelas ruas da capital paulista – com o invariável trânsito conturbado – e pelas estradas vizinhas da maior metrópole da América do Sul. O belo e moderno motor 1,5 litro turbinado e bicombustível com duplo comando de válvulas (VVT) e coletor de admissão tem 150 cavalos de potência a 5.500 rpm e torque de 21,4 kgfm de 1.750 a 4 mil giros, associado à transmissão automática de 6 velocidades. O SUV bem que merecia ter umas duas marchas a mais para aumentar o conforto do motorista e a saúde do próprio propulsor.
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No desempenho, uma curiosidade: o Tiggo 7 faz mais bonito nas retomadas do que nas acelerações a partir do “zero”. Pisando forte no acelerador quando da parada total do carro, parece que o motor e a transmissão ficam “pensando na vida” um pouco de tempo a mais. As marchas podem ser mudadas manualmente na bela alavanca em formato de “T” posicionada no console central. O carro tem dois modos de condução: o Eco privilegia o consumo de combustível, enquanto o Sport, a dirigibilidade mais esportiva. Nos testes de estrada, não foi possível de se avaliar a performance máxima devido aos rigorosos limites de velocidade das rodovias. A fabricante revelou apenas a máxima (185 km/h), não apontando a aceleração de zero a 100 km/h. Segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, o Tiggo 7 TXS faz 6,6 km/l na cidade e 7,6 km/l na estrada com etanol e 9,7 km/l no consumo urbano e 10,9 km/l na rodovia com gasolina.
O Tiggo 7 é um bom carro para quem gosta de dirigir com conforto e segurança. O controle de estabilidade e tração aliados à suspensão independente tipo McPherson na frente e Multilink na traseira seguram bem o “bicho”, em especial nas curvas mais fechadas feitas a uma velocidade não muito recomendável. A plataforma modular TIX, desenvolvida para receber SUVs de proporções maiores, é responsável pelo alto índice de qualidade em itens como suspensão, que reduzem os ruídos de rolamento, e colabora na dirigibilidade e na frenagem. O uso da plataforma modular proporcionou ao carro ainda uma carroceria com desempenho superior na rigidez torcional e um alto nível em segurança. Essas coisas são facilmente percebidas pelo motorista. O Tiggo 7 atingiu os níveis máximos do C-NCAP, a agência chinesa que avalia a segurança dos carros produzidos naquele mercado.
*Por Daniel Dias, da Agência AutoMotrix
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