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Sem ultrapassar a“barreira” dos R$ 100 mil, versão Comfortline do Volkswagen T-Cross 200 TSI é bem equipada e deve incomodar a concorrência Da Reportagem De São Paulo
06/04/2019 às 15:00
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A Volkswagen chegou atrasada à “festa” dos utilitários esportivos compactos, segmento automotivo que não para de crescer no Brasil e no mundo desde meados da década passada. Ao longo desse período, modelos como o Ford EcoSport, o Renault Duster, o Jeep Renegade, o Honda HR-V e o Hyundai Creta tiveram seus dias de glória e renderam ótimos resultados para suas marcas. Como chegou depois da concorrência, o primeiro utilitário esportivo “made in Brazil” da Volkswagen teve tempo de desenvolver com calma a sua estratégia. Desembarca nas concessionárias em abril, em quatro conf?igurações, com preços de R$ 84.990 a R$ 109.990. A mais cara é a versão Highline 250 TSI, que tem uma “pegada” mais esportiva e é equipada com motor 1.4 de 150 cavalos com etanol a 4.500 giros e torque de 25,5 kgfm, acoplado à transmissão automática de 6 marchas. Porém, a função de brigar pelas vendas f?ica mesmo é com as três versões 200 TSI, que investem mais na relação custo/bene?ício e são movidas pelo propulsor 1.0 com 128 cavalos de potência com etanol a 5.500 rotações por minuto e torque de 20,4 kgfm na faixa de 2 mil a 3.500 rpm, associado ao câmbio manual ou à transmissão automática com 6 marchas e “paddles shifts” no volante para trocas sequenciais. Dessas três versões 200 TSI, a Comfortline é mais bem equipada. Seu preço deixa clara a passagem pelo departamento de marketing da marca. Custa R$ 99.990, estratégicos R$ 10 abaixo dos R$ 100 mil. Um valor que muitos consumidores do segmento se impõem como “teto” para gastar na compra de um novo carro.
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O T-Cross é montado sobre a plataforma modular MQB, a mesma do hatch Polo e do sedã Virtus. Mede 4,20 metros de comprimento e 1,57 metro de altura. A distância entre os eixos é de 2,65 metros - o mesmo entre-eixos do Virtus. O design é indisfarçavelmente Volkswagen. A identidade com outros modelos da marca é total. A dianteira é alta, com uma grade ampla e faróis de leds integrados. Todas as versões são equipadas com luz de condução diurna (DRL) em leds, integrada ao farol de neblina. A lateral é atravessada por um friso largo em baixo relevo, abaixo das maçanetas das portas, que vai do f?inal do paralama dianteiro até as lanternas. Na traseira, as lanternas são unidas por uma “ponte” de refletores estendida transversalmente, emoldurada por um painel preto.
Todos os T-Cross vêm com controle de estabilidade (ESC), seis airbags, freios a disco nas quatro rodas com ABS, bloqueio eletrônico do diferencial, direção elétrica e ajuste de altura e distância para o volante, assistente para partida em rampas (Hill Hold), sensores traseiros de estacionamento, sistema Iso?ix para f?ixação de cadeirinhas infantis, faróis com função Coming & Leaving, de neblina com função cornering, luzes de condução diurna e lanternas em led, banco dianteiro do passageiro com encosto rebatível, suporte para smartphone com entrada USB, travas e vidros elétricos e volante multifuncional. A versão automática acrescenta controle de velocidade, apoio de braço central com porta-objetos, volante multifuncional revestido de couro, duas entradas USB para o banco de trás, saída traseira de ar-condicionado, sistema de som Composition Touch com tela colorida sensível ao toque de 6,5 polegadas e App-Connect. E a Comfortline adiciona ar condicionado digital, banco do motorista com ajuste lombar, câmera de ré, indicador de pressão dos pneus, manopla da alavanca de câmbio revestida de couro, porta-luvas refrigerado, sistema save de variação do espaço do porta-malas, rodas de liga leve de 17”, sensores de estacionamento e sistema de frenagem automática pós-colisão. Detalhes cromados na grade dianteira pintada em preto brilhante, colunas centrais na cor preto brilhante e para-choque traseiro com apliques cromados na região inferior diferenciam a versão.
Para o T-Cross Comfortline, há quatro pacotes opcionais. O Exclusive & Interactive, que custa R$ 3.950, inclui sistema de infoentretenimento Discover Media com navegador via satélite, tela de 8 polegadas, comando por voz e entrada USB no console central, iluminação ambiente em leds, seletor do modo de condução, sistema Kessy de abertura das portas sem chave e partida do motor por botão; retrovisores externos com rebatimento elétrico e tapetes adicionais de carpete. O pacote Sky View II, de R$ 4.800, traz o teto solar panorâmico, retrovisor interno eletrocrômico e sensores de chuva e crepuscular. O pacote Design View, que sai por R$ 1.950, agrega bancos de couro com detalhes na cor marrom e apliques decorativos no painel com detalhes na cor bronze namíbia. O quarto pacote, o Premium, sai por R$ 6.050 e incorpora o sistema Park Assist 3.0, faróis full-led com luz de condução diurna em leds e sistema de som Beats com subwoofer. São oito as opções de cores para a carroceria: branco puro, preto ninja, prata sargas, cinza platinum, vermelho crimson, azul norway e as novas laranja energetic - a do modelo testado - e bronze namibia.
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Convívio agradável
O T-Cross 200 TSI Comfortline é um automóvel fácil de gostar. O SUV compacto se destaca por seu bom comportamento dinâmico e entrega bastante prazer ao dirigir. O motor 200 TSI Total Flex desenvolve potência de até 128 cavalos a 5.500 rpm, com etanol – com gasolina, são 116 cavalos, à mesma rotação. O torque máximo é de 20,4 kgfm (ou 200 Nm, o que justi?ica a denominação do motor), com gasolina ou etanol, sempre na faixa de 2 mil a 3.500 rpm. São números mais que su?icientes para mover com desenvoltura os 1.252 quilos do SUV. Na versão Comfortline, esse motor é combinado a um câmbio automático de 6 marchas com função Tiptronic, que além de uma manopla ergonômica conta com as aletas no volante para troca de marcha. Faz de zero a 100 km/h em 10,4 segundos e atinge 184 km/h de velocidade máxima. Nada extremamente esportivo, mas um conjunto bastante satisfatório. Revestidos em tecido, os bancos dianteiros acomodam bem o corpo e não cansam, mesmo em trajetos longos.
No T-Cross 200 TSI Comfortline, arrancadas e retomadas são bem espertas e a elasticidade do conjunto permite até encarar rampas sem precisar recorrer à primeira marcha. O câmbio automático tem um sutil “delay” de reação, principalmente quando os giros caem demais. Nada que chegue a causar incômodo. O nível de rigidez da carroceria e a inclinação nas curvas é bem decente para um utilitário esportivo. A assistência elétrica oferece respostas bem diretas. Os freios, a disco nas quatro rodas, dão conta do recado com e?iciência. Sistemas como os controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas e bloqueio eletrônico de diferencial ajudam a tornar a vida do motorista mais tranquila, assim como a câmera de ré e os sensores dianteiros de estacionamento. Já o isolamento acústico poderia ser um pouco melhor. O ruído do motor domina o habitáculo quando se pisa forte no acelerador.
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*Por Luiz Humberto Monteiro Pereira, da Agência AutoMotrix
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