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Cotidiano

Lexus UX: Chique e racional

Novo crossover compacto de luxo da Toyota, o Lexus UX combina baixo consumo com alto requinte Da Reportagem De São Paulo

24/08/2019 às 15:00

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Estrela do estande da Lexus no último Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, em novembro de 2018, o UX desembarcou no Brasil este ano e conquistou lugar de destaque nas concessionárias da marca. Não havia como evitar: a imagem é mesmo um grande atrativo do novo utilitário esportivo da divisão de luxo da Toyota. As proteções em plástico da carroceria transmitem a noção de um SUV vocacionado para o off-road, mas contrastam com a altura ao solo de 16 centímetros, que não difere muito dos carros convencionais - mais parece um hatch esportivo que propriamente um SUV. O preço já indica que não será um carro muito fácil de se ver pelas ruas. A versão "top" F Sport custa R$ 214.490 - a de entrada, a Dynamic, sai por R$ 173.490, e a intermediária Luxury é oferecida por R$ 193.990.

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A sua aparência muito original e futurista, simultaneamente distinta e agressiva, dominada por linhas angulosas, garante que este é um automóvel que dificilmente passa despercebido. Menos ainda na versão F Sport, dotada de uma série de elementos externos que tornam as linhas do modelo ainda mais apelativas. O interior do UX 250h F Sport é bem concebido e marcado pelo painel de instrumentos muito semelhante ao do cupê LC. O mostrador central digital, além de mudar de aparência em função do modo de direção selecionado, pode deslocar-se para a direita, em um soberbo movimento mecânico, para aumentar a área em que um indicador digital apresenta diversas informações. Os comandos circulares, no topo de ambos os lados da respectiva moldura, servem para mostrar a seleção dos modos TCS off/ESP do controle eletrônico de estabilidade (à esquerda) e dos modos condução Eco, Normal e Sport (à direita).

Primeiro Lexus a adotar a plataforma GA-C (Global Architecture Compact), versão bastante otimizada da TNGA utilizada pelos Toyota Prius, CH-R e Corolla, o UX obteve maior leveza graças às portas e ao capô construídos em alumínio. Capô sob o qual, no caso do UX 250h F Sport, está montada uma motorização híbrida composta pelo motor 2.0 a gasolina de quatro cilindros, com 145 cavalos e 19,2 kgfm de torque, e por um elétrico com 107 cavalos e 20,6 kgfm alimentado por uma bateria de hidretos metálicos de níquel, fornecendo uma potência combinada de 181 cavalos. A transmissão é do tipo CVT de variação contínua, com seis posições pré-definidas, acionáveis por meio do comando manual em sequência, disponível na alavanca ou nos "paddles shifts" no volante. No modo totalmente automático, oferece as opções de funcionamento Normal e Sport, esse último um pouco mais dinâmico, além de um modo 100% elétrico acionável em um botão específico, colocado entre os bancos. No Brasil, onde a nova geração do sedã da Toyota será apresentada em setembro, a versão híbrida virá com motor 1.8 flex.

Na versão F Sport, o UX 250h tem computador de bordo com tela TFT de 8 polegadas, head-up display - que projeta informações do painel no para-brisa -, iluminação interna em led, ar-condicionado automático com fluxo ajustável para apenas frente ou o carro todo, TV digital, DVD-player, GPS e câmera de ré. A qualidade de construção, materiais e acabamentos é de nível superior. Merecem nota especial os bancos esportivos revestidos em couro e Alcântara da versão F Sport. Os dianteiros proporcionam um bom apoio, contribuindo de forma decisiva para dar uma posição correta ao motorista, baixa (muito mais do que o habitual nos SUV) e muito envolvente. Apesar do fácil acesso ao interior, a habitabilidade traseira é ideal apenas para dois passageiros adultos, menos pelo espaço para pernas do que pela largura. O portamalas também é acanhado, com modestos 234 litros de capacidade.

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Algo que merecia ser revisto no UX 250h é o sistema de infoentretenimento. Não compatível com aplicativos como Apple CarPlay, é completo em termos de funções, porém, com um grafismo simplista e algo antiquado - basicamente o mesmo de outros modelos da Toyota. O touchpad de comando, pela sua sensibilidade, exige prática para se acertar de primeira o que se pretende. Um problema parcialmente reduzido pela "central de comando" das funções multimídia, montada entre os bancos e que assenta perfeitamente sob a palma da mão, com vários botões destinados a comandar as principais funções de áudio.

Tecnologia em movimento

A principal função da vertente híbrida do UX 250h F Sport é mesmo otimizar ao máximo a eficiência do conjunto, permitindo que o motor a combustão seja desligado sempre que possível. O motor elétrico é responsável por dar a partida, todavia, o propulsor a gasolina entra em cena quando o motorista pisa mais fundo no acelerador. O funcionamento dos motores pode ser acompanhado na tela da central multimídia, inclusive quando a bateria está sendo regenerada, durante as freadas. Em termos de consumo, sobram elogios para o UX 250h - a Lexus fala em 16,7 km/l (cidade) e 14,7 km/l (estrada). A resposta do motor, mesmo nas solicitações mais intensas, é sempre pronta, mais constante do que vigorosa, como é típico de transmissões CVT. A velocidade máxima de 177 km/h parece um tanto modesta para a categoria.

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Algumas características do UX 250h comprovam que o seu principal mérito é mesmo a eficiência. O UX 250h F Sport é fácil e seguro de se dirigir. O grande equilíbrio do chassi, os pneus largos e o próprio motor apontam para uma utilização racional, familiar e civilizada. Assim o modelo consegue brilhar, até porque o nível de conforto que a sofisticada suspensão, com amortecimento pilotado, oferece é simplesmente impressionante. Esse parece ser, de fato, o SUV em que a Lexus mais apostou na qualidade da dinâmica, gerindo de forma exemplar as transferências de massa, por suas evoluídas e bem afinadas suspensões.

A versão mais equipada do crossover se revela um automóvel extremamente racional e competente. Destaques para a imagem ousada e diferenciada, qualidade geral e o requinte, a dinâmica equilibrada, os baixos consumos e a facilidade de utilização.


*Por António de Sousa Pereira, da Absolute Motors/Portugal, especial para a Agência AutoMotrix
*Colaborou Luiz Humberto Monteiro Pereira, da Agência AutoMotrix

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