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Cotidiano

As pinturas rupestres da Serra da Capivara

O parque nacional da Serra da Capivara fica no Piauí e reúne uma coleção supervaliosa, com 20 mil anos de idade, dos primeiros registros da ocupação humana nas Américas Por Vanessa Zampronho De São Paulo

09/11/2019 às 20:00

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Uma máquina do tempo: é a sensação de conhecer as pinturas rupestres do Parque Nacional da Serra da Capivara, que abrange as cidades de Canto do Buriti, Coronel José Dias, São João do Piauí e São Raimundo Nonato, no interior do Piauí. Tais pinturas, segundo estudos feitos por pesquisadores, chegam a ter 25 mil anos de idade, e foram feitas pelos primeiros povos que habitaram a região.

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São desenhos de pessoas e animais, e ainda não se sabe ao certo porque nossos antepassados os faziam nas paredes: provavelmente retratavam rituais importantes para eles. O parque contém 737 sítios arqueológicos, mas apenas 173 deles são abertos ao público para visitação, sendo que 16 deles têm rampas, próprias para pessoas com dificuldade de locomoção.

Para se chegar até eles, é necessário fazer trilhas, com diferentes graus de dificuldade. Uma delas é o Caldeirão dos Rodrigues que, apesar de ter uma trilha de quatro horas de duração - e ver a natureza do semiárido nordestino é uma atração à parte - a caminhada compensa. As pinturas e reservatórios naturais de água (por isso o nome Caldeirão) compensam o esforço.

Se você quer tirar aquela foto, o mirante do Alto da Pedra Furada é o lugar perfeito. É o cartão-postal do Parque, e também de onde se tem a vista panorâmica de todo o local. O Baixão das Andorinhas, como o nome explica, no fim de tarde, é para onde elas vão, para os abrigos dos cânions.

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O Museu do Homem Americano, dentro do parque, mostra a trajetória da ocupação humana nas Américas, bem como objetos pré-históricos e até ossos dos primeiros antepassados que foram encontrados na exploração arqueológica da região.

AULA DE HISTÓRIA

A entrada no Parque Nacional é gratuita e aberta o ano todo, mas a visitação aos sítios arqueológicos só é liberada mediante o acompanhamento de um guia. Assim, é possível ver não somente as pinturas rupestres, mas também toda a paisagem ao redor e conhecer um pouco mais da nossa história. Nem só de história é feita a Serra da Capivara. Os adeptos do pedal vão adorar andar de bicicleta pelas redondezas - há os ciclocondutores, que podem levar os visitantes com segurança aos vários pontos turísticos do local. É possível também adquirir cerâmicas em lojas especializadas, decoradas com as pinturas rupestres das cavernas do Parque.

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Para se chegar lá, deve-se pegar um voo até os aeroportos de Teresina (PI) ou Petrolina (PE), e fazer o resto do caminho via ônibus até São Raimundo Nonato (PI). Alugar carros também é uma boa opção, visto que há estacionamento no local. A rede hoteleira das cidades que compreendem o parque nacional não é grande, embora tenha opções para todos os bolsos. É bom fazer reservas antes de viajar. O parque abre o ano todo. De janeiro a junho, com as chuvas, a vegetação fica mais verde, mas a caminhada nas trilhas fica mais difícil. O calor chega forte entre agosto e novembro, quando as folhas caem e a mata ganha coloração que varia do vermelho ao marrom.

NÃO DEIXE DE CONHECER

serra 20da 20capivara 9 marcello casal jr agencia brasil 451649Passeio acessível: Há 16 sítios arqueológicos adaptados para pessoas com dificuldade de locomoção. As passarelas possibilitam ver os paredões e as pinturas rupestres. A parte de conservação arqueológica é considerada Patrimônio Mundial da Unesco.
(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)



serra 20da 20capivara 0081 marcello casal jr agencia brasil 451402Pedra Furada: Não tem como não parar e fotografar essa obra de arte da natureza. É o cartão-postal do Parque, e também um dos seus pontos mais altos, de onde se vê a Serra na sua quase totalidade.
(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)



serra da capivara fumdham org br 451435Cânions e vegetação: A vista aérea da Serra da Capivara enche os olhos: um cânion rasga a paisagem, que é coberta pela vegetação típica do semiárido nordestino. A temperatura varia, de amena no primeiro semestre a mais quente no fim do ano - mas vale levar água, protetor solar e lanche para visitar o local em qualquer época do ano.
(Foto: Fumdham)

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