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Além da tríplice bacteriana, faltam doses de mais sete vacinas Por Vanessa Pimentel De Santos
18/11/2019 às 23:00
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O estoque da vacina DTP, também conhecida como tríplice bacteriana - pois protege contra difteria, tétano e coqueluche - está zerado nas cidades da Baixada Santista, e não há previsão de quando a situação será normalizada, segundo as prefeituras.
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Dos noves municípios, Guarujá é o que está em estado mais crítico em relação à falta de doses. Por lá não há mais imunização contra febre amarela; hepatiteB; polio oral (VOP) - que imuniza contra a paralisia infantil; meningocócica (contra meningite); Pentavalente (contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meninge); Pneumocócica (pneumonia) e Dtpa (protege gestante e bebê contra difteria, tétano e coqueluche).
Em Cubatão, além da DTP, acabou a tetra viral (imuniza contra a catapora, sarampo, caxumba e rubéola). Em Santos a situação também é preocupante, já que de acordo com a Secretaria de Saúde, foram solicitadas ao Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE), do governo estadual, um total de 56.200 doses para atender a demanda reprimida e garantir a imunização prevista para novembro. Mas, foram recebidas no último dia 6, apenas 17.304 doses de 16 vacinas, correspondente a 30,7% do total solicitado, não sendo suficientes para a necessidade do município.
Da vacina pentavalente, que estava em falta na rede, das 5 mil doses solicitadas, 1.500 foram enviadas, o que representa uma média de 50 doses por policlínica (29 unidades que realizam vacinação) - por isso os estoques já estão no fim. Da poliomielite oral (VOP), foram repassadas 24 frascos, não sendo possível distribuir uma por unidade. Santos chegou a pedir cinco mil doses da DTP, mas não foi atendida e os estoques continuam zerados na rede municipal. Quem tiver dúvidas em relação ao serviço, pode procurar, das 9h às 16h, uma das policlínicas santistas.
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São Vicente informou que recebeu, pelo segundo mês consecutivo, 50% da cota mensal da vacina Pentavalente. No mesmo período, a cidade recebeu quantidades inferiores à cota da VOP e da vacina contra Febre Amarela. Já a DTP segue em desabastecimento. Para se vacinar, os munícipes devem se dirigir a Unidade de Saúde mais próxima.
Em Itanhaém, Bertioga, Mongaguá e Peruíbe, com exceção da DTP, as vacinas que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação seguem sendo aplicadas. Cubatão recebeu nessa semana entrega parcial da dupla adulto, pólio oral e pentavalente. A VOP está sendo oferecida na UBSs Jardim Casqueiro e Vila Nova.
Mongaguá dispõe de doses de Febre Amarela, HPV, Dupla Adulto, Polio, Tríplice Viral, Varicela, Meningococo C, Hepatite A, Hepatite C, em volumes suficientes para atender a demanda por cerca de 15 dias. Há também unidades de VOP e Penta, mas em pequenas quantidades, que contemplarão a população por mais alguns dias apenas. Não há previsão de novas remessas.
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Além da falta e vacinas, Guarujá enfrenta estoques baixos para a imunização contra catapora (25 doses). A pentavalente, que estava em falta, chegou na semana passada, mas como foram enviadas só 1.200, o estoque já acabou.
RESPONSABILIDADES
Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado informou que a responsabilidade da aquisição e distribuição da vacinas é do Ministério da Saúde. O Estado redistribui para os municípios, à medida que os lotes chegam. Nos últimos meses, o envio das doses pelo órgão federal tem sido irregular e em quantidades insuficientes.
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O último lote de pentavalente e poliomielite foi recebido outubro e foram destinadas, respectivamente, 12 mil e 2 mil doses à Baixada Santista.
A falta de vacinas tem sido um problema recorrente desde julho, em todo o país. O que o Ministério da Saúde alega é que algumas foram reprovadas em testes de qualidade feitos pela Anvisa, como, por exemplo a Pentavalente.
Até então, o prazo para regularizar o abastecimento era novembro, mas o problema persiste. A reportagem do Diário do Litoral questionou novamente o órgão, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
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