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Segundo o sindicato, déficit atual é de mais de 15 mil policiais em São Paulo | Divulgação/Sindpesp
Seis em cada dez delegados de polícia de São Paulo precisam de renda complementar e, por isso, têm trabalhos extras. O dado foi divulgado após o levantamento do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp).
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A informação consta no estudo “Raio-x da Carreira de Delegado de Polícia”, encomendado pelo sindicato para o Instituto DataPIM, que ouviu 711 delegados, entre ativos e inativos.
Entre os aposentados, segundo a pesquisa, 42% continuam trabalhando. É o caso do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes, executado no último dia 15 de setembro, na Praia Grande, no litoral de São Paulo, em uma emboscada.
O estudo do Sindpesp ainda indica que, na ativa, delegados precisam lidar com a exaustão de uma segunda jornada, aliada à sobrecarga de plantões desfalcados de pessoal.
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Segundo o sindicato, déficit atual é de mais de 15 mil policiais, entre delegados, investigadores, escrivães, peritos criminais, papiloscopistas e agentes.
A presidente do Sindpesp, Jacqueline Valadares, ainda destacou que o salário dos delegados paulistas é o quarto pior do Brasil.
“Infelizmente, as carreiras da Polícia Civil bandeirante são pouco atrativas e se observa, em paralelo, grande evasão para polícias de outros estados, que pagam melhor, e até para outros órgãos públicos e ocupações.
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Esta é a realidade de uma classe que sofre, há muito tempo, com a falta de uma carreira estruturada e com lamentável e gritante desvalorização remuneratória”, disse ela.
A entidade sindical cobra do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) promessas da época da campanha de 2022, de valorização e de modernização da instituição, que possam vir, inclusive, incorporadas à Nova Lei Orgânica da Polícia Civil em fase de elaboração.
Segundo Jacqueline, a expectativa é que distorções salariais sejam corrigidas, além de haver garantia de pagamento de direitos básicos, como hora extra, adicional por trabalho noturno e auxílio-saúde.
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Pesquisa do Instituto Atlas/Bloomberg, divulgada em 14/8, revelou que a Polícia Civil é a instituição mais confiável para 60% dos brasileiros, à frente da Polícia Militar (56%), da Igreja Católica (53%) e da Polícia Federal (49%).
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