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Familiares de Cleiton receberam ameaças de vizinhos | Reprodução/TV Globo
O jovem Cleiton da Silva Conrado, de 25 anos, que morreu devido à intoxicação por metanol, foi acusado de matar a namorada, Jhenifer Carolina dos Santos Gomes, por envenenamento em Osasco, na Grande São Paulo.
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Isso antes de os casos sobre metanol virem à tona. A namorada dele foi encontrada desacordada e teve a morte confirmada no hospital no mesmo fim de semana que outra pessoa que foi ao mesmo churrasco, no qual o casal esteve, morreu.
A morte dela ainda não está oficialmente relacionada à intoxicação por metanol.
No fim de semana do dia 20 de setembro, o casal Daniel Antonio Francisco Ferreira e Josiellen dos Santos de Jesus fez um churrasco para conhecer o namorado de Jhenifer Carolina dos Santos Gomes, no caso, Cleiton da Silva Conrado.
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Após o evento, somente os quatro - Cleiton, Jhenifer, Josiellen e Daniel - continuaram consumindo bebidas alcoólicas, compradas em uma adega próxima à casa, incluindo combos de uísque com energético e, possivelmente, gim.
Daniel, Jhenifer e Cleiton morreram. Josiellen escapou porque não toma bebida alcoólica. Ela e Daniel estavam juntos há sete anos e têm uma filha, de quase um ano.
Segundo a sobrevivente, após comerem o churrasco, Daniel e Cleiton saíram algumas vezes para comprar bebidas na adega e podem ter comprado gim em uma dessas idas.
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"A gente fez um churrasco lá em casa para conhecer o marido da minha prima, que foi o primeiro que faleceu, o Cleiton. Depois, a minha prima também morreu. A minha sorte é que eu não bebo. Senão, estaria ele [Daniel] em um caixão e eu do lado em outro", disse Josiellen ao portal g1.
Josiellen disse ainda que peritos recolheram todas as garrafas que sobraram do encontro para estudar a procedência da bebida.
Os familiares de Cleiton receberam ameaças após os episódios porque vizinhos acreditavam que ele teria envenenado a namorada Jhenifer.
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A mãe dele, Maria do Rosário Evangelista, disse ao g1 que Cleiton foi enterrado com a roupa do irmão, porque todas as roupas dele foram levadas durante ataques em sua casa.
“O meu filho foi enterrado com a roupa do irmão, porque nem a roupa dele pôde vestir, porque carregaram tudo, saquearam tudo. Ainda falaram que iam tocar fogo no barraco do meu filho”, disse ao portal.
Devido às ameaças, a família saiu de São Paulo e foi para o Ceará.
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No dia em que Cleiton foi encontrado morto, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e, no local, constatou suspeita de overdose, sem sinais de violência.
Exames realizados no corpo de Cleiton indicaram a presença de 16 dg/L de metanol no sangue, além de cocaína. Nesta quarta-feira (22/10), ele foi indicado como a sétima pessoa a morrer por intoxicação de bebida alcoólica com metanol.
Segundo boletim emitido pelo governo estadual, o número de casos de intoxicação confirmados cresceu de 38 para 42, enquanto a quantidade de casos investigados caiu para 18.
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