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Cotidiano

ABC Paulista fecha 17 mil vagas durante pandemia

Dados foram divulgados na quarta-feira pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados; Brasil fechou 763,2 mil empregos

Matheus Herbert

28/05/2020 às 12:51

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Após cinco anos em queda, número de empresas no Brasil cresceu em 2019

Após cinco anos em queda, número de empresas no Brasil cresceu em 2019 | DIVULGAÇÃO

Nesta quarta-feira (27), o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgou dados sobre o mercado de trabalho com carteira assinada do ABC paulista. Em abril, o primeiro mês afetado pela pandemia do novo coronavírus, 17.295 vagas foram fechadas.

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Este é o pior resultado mensal desde o início da série do Caged, em 1992. Antes, o pior índice era o fechamento de 8.988 postos de trabalho, em dezembro de 2015. A pandemia começou a impactar os empregos ainda em março, quando 6.117 ocupações foram extintas.

No segundo bimestre, os sete municípios do ABC paulista acumulam 23.412 de vagas fechadas. Somando o ano todo, cujo resultado foi atenuado pelos 3.341 empregos criados em janeiro e fevereiro, o saldo de 20.071 postos extintos representa queda de 2,83% sobre o estoque existente no dia 31 de dezembro (709.579).

Anteriormente, o último índice divulgado pelo Caged tinha sido em janeiro, apontando os dados de 2019. A partir disso, os relatórios mensais foram suspensos.

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Com o isolamento social, as empresas estão tendo dificuldades para o envio de dados da adoção do programa eSocial, segundo o governo.

“O resultado negativo já era esperado. Outra má notícia é que os dados de maio tendem a ser piores e não há nenhuma garantia de recuperação no emprego no segundo semestre, mesmo que a pandemia seja debelada”, afirmou o economista Ricardo Balistiero, coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia.

A previsão do economista é que o ano fechará com queda de 5% a 10% no estoque de trabalhadores com carteira assinada. Se confirmada, representará perdas de 35,5 mil a 71 mil empregos.

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Balistiero acredita que mesmo depois do isolamento, a economia vai demorar para se estabilizar. “Quando for autorizado a retornar, o comércio não essencial terá várias limitações, tanto de horário como de acesso de pessoas ao interior das lojas. Além disso, o consumidor vai pensar duas vezes antes de ir, por exemplo, a um shopping, o que só vai acontecer quando se sentir seguro. Por fim, a reabertura se dará em um ambiente econômico debilitado, de maior desemprego e menor renda”, disse o economista.

Entretanto, o Ministério da Economia – que antes divulgava dados de atividades por município, não divulgou recortes este ano. No Estado de São Paulo, os setores mais afetados foram o agregado comércio e reparação de veículos, com 67,4 mil vagas fechadas, seguido pela indústria (54,6 mil) e pelos serviços de alojamento e alimentação (-40,6 mil), transporte e armazenagem (14,3 mil).

VAGAS FECHADAS.

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De acordo com os dados divulgados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia, o Brasil fechou 763,2 mil empregos com carteira assinada de janeiro a abril. Acumulando 5,763 milhões de demissões.

Foram 860,5 mil vagas fechadas em abril. Em contrapartida, houve 598,6 mil contratações e 1,459 milhões de desligamentos no período. É o pior índice de todos os meses da série histórica.

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