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Abib Maldaun Neto não resistiu à prisão; 16 mulheres relatam que sofreram abusos do médico entre os anos de 1997 e 2020
14/12/2020 às 13:56
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Abib Maldaun Neto | Reprodução
Na manhã desta segunda-feira (14), o médico nutrólogo Abib Maldaun Neto, acusado por pacientes de abusos sexuais, foi preso perto do Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista. A prisão preventiva estava decretada desde o dia 2 de dezembro.
O médico foi localizado após um radar identificar que o carro estava em nome de um procurado da Justiça. Neto estava com a sua advogada no carro e afirmou que iria se apresentar nesta segunda-feira e não reagiu à ordem de prisão.
De acordo com a polícia, o veículo foi abordado na avenida Washington Luís com a rua Vieira de Morais.
O médico foi encaminhado para a Divisão de Capturas da Polícia Civil de São Paulo.
Prisão
A prisão preventiva do médico nutrólogo foi decretada pela juíza Ana Cláudia dos Santos Sillas, da 26ª Vara Criminal. Segundo Silla, a decisão deve-se "à gravidade dos crimes imputados ao médico, praticados no exercício da sua função", e para impedir que haja o desaparecimento de provas indispensáveis ao processo.
Além disso, a juíza entendeu que é grave o caso do médico já ter sido condenado pelo mesmo crime e, durante o caso, continuar praticando atos semelhantes.
Ao determinar a prisão, a magistrada aceitou uma nova denúncia contra Maldaun Neto e o tornou réu pela segunda vez por crimes cometidos dentro do consultório dele na cidade de São Paulo.
Acusação
O médico é acusado pelo Ministério Público por violação sexual mediante fraude. Na denúncia, 16 mulheres (9 vítimas e 7 testemunhas) relatam abusos cometidos entre os anos de 1997 e 2020 dentro do consultório do nutrólogo, localizado na capital paulista.
“As circunstâncias são idênticas. Além da palavra da vítima, temos provas documentais. Não é uma palavra isolada, é um conjunto de provas”, relatou a promotora Maria Fernanda Marques Maia, responsável pela investigação.
Abib Maldaun Neto já tinha sido condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por violação sexual mediante fraude em regime semi-aberto, mas respondia em liberdade.
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