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Cotidiano

Só se deve tomar adrenalina na veia em casos graves, alerta médico

Criança de 6 anos morreu após tomar três doses de adrenalina intravenosa em um hospital de Manaus

Bruno Hoffmann

01/12/2025 às 18:00

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Benício Xavier, de apenas 6 anos, morreu após tomar três doses de adrenalina intravenosa em um hospital de Manaus

Benício Xavier, de apenas 6 anos, morreu após tomar três doses de adrenalina intravenosa em um hospital de Manaus | Divulgação

Benício Xavier, de apenas 6 anos, morreu após tomar três doses de adrenalina intravenosa em um hospital de Manaus entre 23 e 24 de novembro. O menino tinha ido à unidade de saúde apenas com tosse seca e suspeita de laringite. O caso segue em investigação.

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A médica responsável pelo atendimento reconheceu que errou ao prescrever adrenalina na veia do menor. A informação consta no relatório do hospital enviado à Polícia Civil.

No documento, a médica narra que comentou com a mãe da criança que a medicação deveria ser administrada por via oral. Ela afirmou também ter se surpreendido por a equipe de enfermagem não questionar a prescrição.

'Só em casos graves'

Segundo especialistas, de fato, em casos de infecções de via aérea superior como o crupe viral, uma das indicações possíveis, a depender do caso, é a de nebulização com adrenalina, nunca via venal.

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“A adrenalina endovenosa é utilizada geralmente em casos graves como parada cardíaca e choque anafilático”, explicou o médico emergencista Yuri Castro Santos, especialista em atendimentos de alta complexidade, como casos de traumas, AVCs e paradas cardíacas, engasgos, convulsões e lesões esportivas.

“A superdose de adrenalina pode causar aumento da frequência cardíaca e desencadear arritmias que pode levar o paciente a morte”, continuou o especialista.

Pelas redes sociais, o médico compartilha orientações práticas sobre primeiros socorros, prevenção e saúde em diferentes contextos. Atualmente, atende em Minas Gerais e em São Paulo.

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O caso

Benício foi levado ao hospital com tosse seca e suspeita de laringite. Segundo o pai, a médica prescreveu lavagem nasal, soro, xarope e três doses de adrenalina intravenosa, 3 ml a cada 30 minutos.

A família disse que chegou a questionar a técnica de enfermagem ao ver a prescrição, mas que disse que faria o que estava na prescrição. Logo após a primeira aplicação, o menino apresentou piora súbita.

Após a reação, a equipe levou a criança para outra sala, onde o quadro se agravou. Com a queda da oxigenação, ele foi enviado a um leito de UTI.

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No local, a criança passou por intubação e teve paradas cardíacas. Ele morreu às 2h55 do domingo.

Em nota, o Hospital Santa Júlia informou que a médica e a técnica de enfermagem foram afastadas de suas funções, e que realizou uma investigação interna pela Comissão de Óbito e Segurança do Paciente. Ainda ressaltou que, como as investigações está com a polícia, não irá se manifestar.

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