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Cultivo agrícola dobrou de área desde 1985 e hoje ocupa um terço da produção no bioma | Divulgação/SOS Mata Atlântica
A agricultura foi indicada como uma das principais causas do desmatamento da Mata Atlântica em levantamento feito pelo MapBiomas, divulgado na segunda-feira (27/10).
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De 1985 a 2024, cerca de 2,4 milhões de hectares foram desmatados, o que representa uma redução de 8,1% em relação à área registrada no início da série histórica.
Nos últimos cinco anos, houve uma desaceleração do desmatamento, com média de 190 mil hectares desmatados por ano.
Segundo informações da Agência Brasil, o cultivo agrícola quase dobrou de área desde 1985 e hoje ocupa cerca de um terço (33%) da área do bioma.
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Soja (crescimento de 343%), cana-de-açúcar (256%) e café (105%) estão entre as lavouras que mais se expandiram, enquanto as pastagens perderam 8,5 milhões de hectares no período.
A silvicultura também ganhou espaço: a área destinada ao cultivo comercial de árvores quintuplicou em 40 anos e já representa mais da metade de toda a produção florestal do País.
O crescimento urbano na Mata Atlântica duplicou desde 1985, com três em cada quatro municípios (77%) expandindo sua área urbanizada.
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Mais de 80% dos municípios da Mata Atlântica, no entanto, têm áreas urbanizadas pequenas, com menos de mil hectares. Só três capitais têm mais de 30 mil hectares: São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.
Mesmo com a retomada de políticas públicas ambientais, que resultaram em sucessivas reduções nas taxas de desmatamento, a degradação na Amazônia continua avançando rapidamente, alcançando quase 163 mil quilômetros quadrados (km²) do bioma.
O número é cerca de três vezes maior do que os 58,5 mil km² registrados por alertas de desmatamento.
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Entre março de 2023 e março de 2024, houve aviso de degradação para mais 20,4 mil km². Apesar da redução dos alertas de desmatamento no período, os dados de degradação aumentaram em relação aos quase 18 mil km² registrados no ano anterior.
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