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Substância foi encontrada em amostras de suco de laranja, água mineral e vinho, que foram analisadas em laboratório | Reprodução/Pexels
Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) identificaram a presença de nitrito de sódio (NaNO), composto químico proibido em bebidas.
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A substância foi encontrada em amostras de suco de laranja, água mineral e vinho, que foram analisadas em laboratório. A descoberta foi publicada na revista científica “Microchimica Acta”, em agosto deste ano.
A descoberta foi feita pela equipe do Laboratório de Sensores, Nanomedicina e Materiais Nanoestruturados (LSNano), que desenvolveu um sensor inovador à base de cortiça, capaz de identificar o composto de forma rápida, sustentável e de baixo custo.
O aditivo é usado legalmente na indústria alimentícia para conservar carnes processadas, como presunto, bacon e salsicha.
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O nitrito de sódio pode formar nitrosaminas, substâncias com potencial cancerígeno.
O novo sensor criado pela UFSCar utiliza cortiça, material natural usado para produzir rolhas de vinho, que é transformada em grafeno por gravação a laser.
Esse processo queima a superfície da cortiça e cria uma estrutura altamente condutiva, ideal para detectar compostos como o nitrito.
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Após o tratamento, o dispositivo recebe camadas protetoras e consegue detectar instantaneamente o aditivo em amostras líquidas.
O uso do nitrito de sódio é proibido em bebidas no Brasil e na maioria dos países. A substância gera nitrosaminas, associadas ao desenvolvimento de câncer no fígado, estômago e esôfago.
Segundo os pesquisadores, o risco aumenta em casos de fraudes alimentares, quando o aditivo é usado para alterar a cor e a aparência de produtos naturais.
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Ele é usado para mascarar a oxidação ou o envelhecimento de sucos industrializados e vinhos, aumentando o prazo de validade dos produtos artificialmente.
Outra inovação desenvolvida por pesquisadores é um canudo descartável capaz de detectar a presença de metanol em bebidas destiladas. O produto deve chegar ao mercado em breve, com preço estimado de R$ 2 por unidade.
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