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O estudante disse à polícia não ter envolvimento com os criminosos | Reprodução
A denúncia do Ministério Público feita contra Fernando de Souza das Neves, de 42 anos, foi aceita pela Justiça. O estudante de fonoaudiologia da PUC-SP, foi preso em março sob acusação de ter participado do sequestro de um colega de universidade, E.L.
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Fernando, foi preso no campus da PUC, em Perdizes, e agora é réu no processo, que tramita na 19ª Vara Criminal de São Paulo. A audiência de instrução, debates e julgamento acontecerá no dia 6 de agosto. O sequestro ocorreu no dia 5 de dezembro do ano passado.
Segundo as investigações, E.L.
havia contado ao estudante que possuía uma dívida de R$ 5 mil. Então, Fernando lhe ofereceu ajuda e combinou de encontrá-lo próximo à estação do metrô Campo Limpo, na zona sul de São Paulo.No local do
encontro, Fernando, segundo o relato feito pela polícia, disse que o dinheiro estava na sua casa e o convidou a ir até lá. No caminho, o convenceu passar em uma biqueira para comprar drogas, onde houve a emboscada.Continua depois da publicidade
No cativeiro, E.L. foi colocado em um banheiro, com as mãos e os pés amarrados. Fernando simulava também ser vítima, ficou em outro cômodo. Durante o período do cárcere, os criminosos diziam que o estudante já havia realizado um PIX de R$ 50 mil para o resgate, e que só faltava a parte de E.L.
E.L. foi solto no dia seguinte, após negociação com a família.
A polícia começou a desconfiar de Fernando, pois o endereço dado ao colega era falso. Com o seguimento das investigações, a polícia passou a considerá-lo como o mentor intelectual do crime.
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O estudante disse à polícia não ter envolvimento com os criminosos. Declarou ser uma vítima, assim como o colega, tendo sido amarrado e agredido no cativeiro.
Também foram denunciados Jeferson da Silva e Felipe Barbosa, que afirmam ser inocentes.
Em petição enviada à Justiça, o advogado Ricardo Bonalume, que representa o estudante, afirmou existir sérias dúvidas sobre a sanidade mental de Fernando, que ele é usuário de drogas e passou por intervenção psiquiátrica.
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O advogado requisitou a realização de um exame psiquiátrico a fim de verificar se o estudante tem capacidade de entender o caráter ilícito dos fatos.
A juíza rejeitou o pedido, considerando-o prematuro. Deixou para deliberar novamente sobre o exame após a audiência, quando serão verificados eventuais indícios de incapacidade.
*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita
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