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Aeronave foi impedida de voar por autoridades certificadoras após dois acidentes na Indonésia e Etiópia, que mataram 346 pessoas entre 2018 e 2019
26/11/2020 às 12:32 atualizado em 26/11/2020 às 12:33
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No dia 18 de novembro, a Autoridade Federal de Aviação norte-americana (FAA) autorizou a retomada de voos e divulgou uma diretriz de aeronavegabilidade detalhando as mudanças necessárias | Divulgação
As aeronaves modelo Boeing 737-8 MAX poderão retornar as operações no Brasil. A aprovação foi divulgada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) nesta quarta-feira. O avião foi impedido de voar por autoridades certificadoras após dois acidentes na Indonésia e Etiópia, que mataram 346 pessoas entre 2018 e 2019.
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"A Diretriz de Aeronavegabilidade da FAA foi adotada também pela Anac e tem vigência automática no Brasil, devendo ser cumprida de imediato pelos operadores aéreos que pretendem operar o modelo", informa a Anac em nota.
Apenas a Gol Linhas Aéreas tem aeronaves do modelo no Brasil. De acordo com a Anac, a autoridade está trabalhando com a empresa para assegurar a implementação de qualquer adaptação necessária e treinamento de aeroviários para garantir a segurança dos passageiros.
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"Dentre as exigências de projeto está a determinação para a reconfiguração do sistema de controle de voo desse modelo de aeronave, a correção do roteamento do conjunto de cabos, revisões de procedimentos incorporados ao manual de voo e testes de recalibração dos sensores", afirma o comunicado.
Revogação
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Para autorizar o retorno das operações, era necessária a revogação de uma Diretriz de Aeronavegabilidade de Emergência (número 2019-03-01), que proibia a operação do avião da Boing no Brasil. A suspensão havia ocorrido em março de 2019.
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Em setembro deste ano, um painel do Congresso norte-americano concluiu, depois de 18 meses de investigação, que os dois acidentes com o Boeing 737 MAX foram resultado de falhas da fabricante de aeronaves Boeing e da FAA. "Eles foram o terrível resultado de uma série de suposições técnicas incorretas dos engenheiros da Boeing, uma falta de transparência por parte da administração da Boeing e uma supervisão grosseiramente insuficiente da FAA", diz o relatório.
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