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No último dia 5, a dona de uma farmácia na região metropolitana de Curitiba foi autuada por policiais sob suspeita de promover a venda de polivitamínicos sob a promessa de prevenir contra a doença
15/02/2020 às 01:00 atualizado em 15/02/2020 às 09:10
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EUA elaboram plano para exigir vacinação de visitantes estrangeiros | Louis Reed/Unsplash
Propagandas enganosas de produtos que supostamente protegem contra o novo coronavírus covid-19, como multivitamínicos orais e injetáveis, azul de metileno e ozonioterapia, têm circulado nas redes sociais e preocupado entidades médicas. Uma delas virou até caso de polícia. Na quinta passada (5), a dona de uma farmácia na região metropolitana de Curitiba (PR) foi autuada por policiais civis sob suspeita de promover a venda de polivitamínicos sob a promessa de prevenir contra o coronavírus.
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No anúncio, a caixa com 90 cápsulas do suplemento era oferecida numa promoção, de R$ 90 por R$ 79,99. O estabelecimento dizia que o produto era um tratamento completo, de três meses, contra o coronavírus. Em grupos de WhatsApp também circula um vídeo de um suposto médico recomendando "imunomodulação com altas doses injetáveis de vitaminas D e C e aminoácidos" como forma de proteção.
"É só você ligar aqui na clínica e agendar o seu imunoshot", diz ele.
Na mensagem, o homem afirma que a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) preconiza o reforço de imunidade como a única estratégia preventiva à infecção de coronavírus.
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A entidade divulgou nota de repúdio negando a recomendação. No comunicado, a SBI também diz que não há evidência científica de que o tal "imunoshot" previna contra a infecção.
"Ainda não temos nenhum tratamento ou vacina que comprovadamente previna contra o coronavírus. Estão aproveitando dessa situação, da boa-fé das pessoas, para lucrarem em cima", diz o infectologista Leonardo Weissmann, consultor da SBI.
Segundo ele, a sociedade também recebeu diversos questionamentos sobre a eficácia da ozonioterapia contra o coronavírus, após publicação de propaganda por uma clínica de estética. De novo, não há nenhuma evidência sobre a eficácia e segurança do tratamento para prevenir a infecção.
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Por meio da sua conta no Twitter, a OMS tem feito vários desmentidos de tratamentos milagrosos, muitos alegando terem aval da organização e dos ministérios nacionais de saúde.
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