Baixada Santista e Vale do Ribeira: Polícia Civil detém 368 pessoas em 24 horas

A Polícia Civil deteve 368 pessoas em 24 horas, retirou de circulação 43,3 quilos de drogas e sete armas de fogo na Baixada Santista e Vale do Ribeira. A ação, que combateu roubo, tráfico de drogas e outros crimes, foi concluída às 11h desta quinta-feira.

Ao anunciar os números em entrevista coletiva, o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6), Manoel Gatto Neto, ressaltou que “nenhum tiro foi disparado” e a importância da operação para a diminuição de indicadores criminais.

Em 2020, os indicadores de roubo e homicídio chegaram ao menor patamar desde 2001 na Baixada e no Vale. Foram 11.845 roubos de janeiro a dezembro e 121 homicídios nos 24 municípios que compõem as duas regiões.

“A cada ladrão preso nós temos uma diminuição nos índices de roubo e a cada traficante preso nós damos um golpe no crime organizado. Por tudo isso podemos afirmar que a operação realizada nas últimas 24 horas foi um sucesso”, declarou Gatto Neto.

Dos 368 detidos, 40 foram em flagrante, 168 por mandado, sete são adolescentes e 153 autores de crimes de menor potencial ofensivo, que são liberados após os registros de Termos Circunstanciados (TC´s).

Uma das ações de destaque foi a prisão de um comerciante de 53 anos, autuado pelo crime ambiental de maus-tratos por manter 25 cachorros em condições degradantes em uma casa em Peruíbe.

Os investigadores da Delegacia de Peruíbe, sob o comando do delegado Marcos Roberto da Silva e do investigador Adalberto Ribeiro, detectaram forte odor de fezes e urina, bem como os animais latindo de forma ininterrupta, magros e assustados. Não havia comedouros e bebedouros.

“Totalmente desidratados, doentes, sem água, sem comida, se alimentando de fezes, com todo o tipo de doenças”, disse o delegado seccional de Itanhaém, Carlos Henrique Fogolin de Souza.

Um outro trabalho de destaque da Delegacia Seccional de Itanhaém foi a prisão de Leonardo da Silva, de 25 anos, acusado de matar o padrasto em 16 de janeiro. Internado pela 13ª vez pelo vício em crack, o rapaz foi encontrado na manhã de quarta-feira (27) em uma clínica de reabilitação em Suzano, na Grande São Paulo.

A prisão de Matheus Neves de Oliveira, de 22 anos, suspeito de matar, no dia 19, a autônoma Marina Pereira dos Reis, de 39, em um ponto de ônibus em São Vicente também foi contabilizada na operação, segundo o delegado seccional de Santos, Carlos Topfer Schneider.

Em razão da prisão temporária obtida pelo 2° DP de São Vicente junto ao Poder Judiciário, Matheus foi capturado por policiais militares na área rural de Cerqueira Cesar, no interior paulista.

“A prisão dele saiu em decorrência de uma representação formulada pelo delegado de polícia que investigou o caso e cuja equipe desvendou a autoria. Quando a prisão saiu não nos interessa represar isso. Nos interessa difundir inclusive com a Polícia Militar e é isso que deu sucesso à captura dele”, disse Schneider durante a entrevista coletiva.

Schneider também ressaltou a apreensão, nas cidades de abrangência da seccional, de um total de 25 quilos de entorpecentes, incluindo 27 micropontos de LSD, e a apreensão de quatro armas de fogo em um local em Santos, onde também havia 1,5 quilo de cocaína a granel.

“Foram muitos os flagrantes de tráfico de entorpecentes. Nessa mesma toada realizamos uma grande repressão ao porte de drogas. Algo que a nosso ver alimenta o tráfico de drogas. Então ele não pode ser deixado de lado, tem que ser reprimido. E assim o foi em toda a delegacia seccional de Santos”, disse.

O delegado seccional de Registro, Flávio Ruiz Gastaldi, destacou um flagrante de tráfico de drogas em que foi descoberto que o acusado ocultava as drogas na casa da avó, de 76 anos, no bairro Vila Nova.

Dentro de um guarda-roupa, os investigadores apreenderam 2,1 quilos de drogas, entre cocaína e maconha, com 900 porções e meio quilo a granel, segundo o seccional.