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Bebê reborn é uma boneca hiper-realista geralmente usada para fins terapêuticos ou colecionismo | Reprodução
Um episódio incomum ocorrido em Quedas do Iguaçu, no centro-sul do Paraná, tem gerado repercussão nas redes sociais e chamado a atenção de especialistas.
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Uma mulher foi demitida após solicitar afastamento do trabalho para cuidar de um bebê reborn (boneca hiper-realista) geralmente usada para fins terapêuticos ou colecionismo, mas que, nesse caso, era tratada por ela como filha.
De acordo com informações do portal CGN, parceiro da Banda B, a mulher apresentou um atestado psicológico à empresa em que trabalhava, justificando a necessidade do afastamento com base em seu estado emocional.
Apesar da documentação médica, a empresa optou por encerrar o vínculo empregatício da funcionária. A mulher, que preferiu não se identificar, afirmou estar profundamente abalada com a demissão e reiterou o laço emocional com a boneca. “Eu só queria cuidar da minha filha”, disse emocionada.
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O caso causou surpresa na cidade. “Em Quedas a gente já viu de tudo, mas isso foi novidade”, comentou um morador da região.
Atualmente, a legislação brasileira não prevê licença-maternidade para casos que envolvam bebês reborn. A licença é um direito garantido a mães biológicas, adotivas ou com guarda legal de crianças reais. Não há jurisprudência que reconheça o vínculo com bonecas como justificativa para afastamento legal do trabalho.
Apesar disso, movimentos sociais têm buscado reconhecimento para situações como essa. Um abaixo-assinado criado em abril de 2025 propõe a criação de uma lei que permita licença-maternidade para mães de bebês reborn, argumentando que os vínculos emocionais, ainda que simbólicos, são legítimos e devem ser acolhidos.
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Especialistas recomendam, nesses casos, que se busque apoio psicológico e orientação jurídica. “É possível avaliar a concessão de afastamento por questões de saúde mental, quando houver comprovação médica adequada”, explica a advogada trabalhista Marina Lopes.
O episódio evidencia os desafios enfrentados por pessoas que desenvolvem vínculos emocionais atípicos e reacende discussões sobre como empresas lidam com a saúde mental de seus colaboradores.
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