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A disponibilidade é um Marco no SUS | foto: Faculdade de medicina de Massachusetts
O transplante multivisceral, agora disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), representa um avanço importante e humanizado para pacientes que enfrentam a falência grave de vários órgãos abdominais.
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Este procedimento consiste na substituição simultânea de até sete órgãos, incluindo estômago, intestino delgado, pâncreas, fígado, rim e outros, em uma única cirurgia complexa.
A incorporação do transplante multivisceral ao SUS, oficializada em fevereiro de 2025, garante que pacientes com doenças graves e irreversíveis, como falência intestinal e tumores abdominais agressivos, tenham acesso gratuito e qualificado a essa intervenção.
Antes da inclusão no SUS, o procedimento era restrito a poucos centros privados e projetos de pesquisa, limitando o acesso.
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Agora, com hospitais públicos habilitados em São Paulo e no Rio Grande do Sul, o Brasil amplia o acesso a esse tratamento que pode transformar a qualidade de vida e prolongar a sobrevivência dos pacientes, oferecendo uma chance rara de recuperação para casos críticos.
O transplante multivisceral é um procedimento cirúrgico altamente especializado que substitui, de uma só vez, múltiplos órgãos do sistema digestivo e órgãos associados, retirados em bloco de um único doador e implantados no receptor.
Entre os órgãos substituídos estão o estômago, intestino delgado, fígado, pâncreas e, em alguns casos, o rim.
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A cirurgia é extensa, podendo durar mais de 12 horas, e mobiliza dezenas de profissionais em um trabalho coordenado.
Após a retirada dos órgãos doentes, os novos órgãos são conectados cuidadosamente aos vasos sanguíneos e ao trato digestivo do paciente.
O pós-operatório é rigoroso, envolvendo cuidados intensivos para evitar rejeição e infecções, garantindo máxima chance de sucesso ao transplante.
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Para os pacientes, o transplante multivisceral representa uma salvação em situações em que a falha de múltiplos órgãos torna outros tratamentos inviáveis.
Antes do acesso pelo SUS, muitos dependiam da nutrição parenteral e sofriam com dor crônica, baixa qualidade de vida e expectativa reduzida.
Essa nova possibilidade oferece uma chance concreta de superação, trazendo esperança a famílias que acompanhavam o sofrimento e a progressão da doença sem alternativas.
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A inclusão do procedimento no SUS é vista como um marco humanitário, pois democratiza um tratamento de última geração, que antes era inacessível para a maioria dos brasileiros.
O transplante multivisceral é considerado um dos mais arriscados da medicina. Um dos principais desafios é a complexidade técnica da operação, que envolve a compatibilidade rigorosa de vários órgãos ao mesmo tempo, aumentando o tempo de espera na fila de doadores.
Além dos riscos operatórios, como infecção grave e rejeição dos órgãos transplantados, o investimento financeiro é elevado, pois o custo da cirurgia pode ser até dez vezes maior que o de um transplante isolado.
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A infraestrutura hospitalar e o treinamento das equipes médicas também são essenciais para ampliar o atendimento com segurança.
A incorporação do transplante multivisceral no SUS sinaliza um salto na capacidade da saúde pública brasileira em oferecer tratamentos de alta complexidade e inovação tecnológica. O Ministério da Saúde incentiva a habilitação de mais centros especializados para ampliar o acesso em todo o país.
A expectativa é que, com o avanço das técnicas cirúrgicas e o aumento da doação de órgãos, mais pacientes possam se beneficiar dessa cirurgia, melhorando a sobrevida e a qualidade de vida de pessoas com doenças complexas.
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O SUS reafirma, com essa ação, seu compromisso de garantir atendimento humanizado e igualitário, com tecnologia de ponta à disposição da população.
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