Brasil lança plano para todas as ruas do País terem ao menos 3 árvores

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima lançou o Plano Nacional de Arborização Urbana (Planau), na última quinta-feira (13/11). O objetivo é aumentar a cobertura vegetal das cidades, considerada abaixo dos padrões adequados.

Em fala na COP30, a cúpula do clima em Belém, no Pará, o secretário nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental da Pasta, Adalberto Maluf, disse que as populações que vivem nas cidades brasileiras têm poucas árvores próximas às suas moradias. 

“A principal meta do plano é aumentar para 65% da população brasileira que vive em ruas que tenham no mínimo três árvores, aumentar em 360 mil hectares a área de arborização e áreas verdes das cidades”, disse Maluf.

Dados do Mapbiomas de 2024 indicam que a média nacional de arborização nas cidades brasileiras é 28,2% dos territórios com cobertura verde. 

Entenda o plano ambicioso

De acordo com Maluf, o plano foi estruturado com base na estratégia 3+30+300, desenvolvida pelo pesquisador Cecil Konijnendijk, em 2021. 

“Seguimos muito esse princípio internacional para que todos tenham no mínimo três árvores na sua rua, que todos os bairros tenham no mínimo 30% de áreas verdes”, destacou.

Segundo ele, a pretensão é ter toda a população brasileira vivendo no máximo até 300 metros de uma área verde. 

A proposta foi lançada em fevereiro de 2025 e o texto foi submetido à consulta pública. O plano atuará não apenas para criar áreas verdes, mas conectá-las por meio de corredores verdes que também serão conectados entre as cidades.

Conforme Maluf, o plano faz parte de uma política nacional que inclui a criação de uma Estratégia Nacional de Soluções Baseadas na Natureza, focada principalmente nas escolas e na educação baseada na natureza. 

“A arborização, junto com essas soluções, é imprescindível para a gente melhorar e reconectar as pessoas com a natureza.”, completou.

O governo federal agora montará uma estratégia financeira para apoiar o plano, que inclui investimentos públicos a fundo perdido e o direcionamento de recursos de emendas parlamentares.