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Marina explicou que o objetivo do fundo é remunerar financeiramente os países que mantêm florestas tropicais preservadas | Divulgação/Prefeitura de São José do Xingu
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu nesta quinta-feira (9/10) a efetivação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, iniciativa liderada pelo Brasil que será oficialmente lançada durante a Conferência do Clima das Nações Unidas (COP30), marcada para novembro de 2025 em Belém, no Pará.
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Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Marina explicou que o objetivo do fundo é remunerar financeiramente os países que mantêm florestas tropicais preservadas. A proposta reserva 20% dos recursos para povos indígenas e comunidades tradicionais.
“O fundo é o esforço do Brasil como um dos detentores da maior floresta tropical do planeta, a Floresta Amazônica, de ajudar os demais países que têm florestas tropicais a manterem suas áreas protegidas”, afirmou a ministra.
Ao todo, 71 países são considerados detentores desse tipo de bioma.
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Segundo Marina, o mecanismo do fundo se baseia na lógica de mercado, atraindo recursos de países desenvolvidos e investidores privados. A ideia é captar recursos a juros baixos e aplicar o diferencial em rendimentos que serão repassados aos países que preservarem suas florestas por, no mínimo, 30 anos.
A previsão inicial é captar cerca de US$ 25 bilhões junto a governos, com potencial de ultrapassar US$ 100 bilhões com a participação do setor privado. A ministra destacou que se trata de um recurso não retornável, e os países beneficiados precisarão comprovar a preservação das áreas por meio de sistemas de monitoramento por satélite.
“O Brasil é um país que já tem uma grande expertise. Não por acaso, nesses dois anos e meio, conseguimos uma redução de 46% no desmatamento na Amazônia e de 32% no país inteiro”, disse.
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Marina também afirmou que há expectativa de novas quedas nas taxas de desmatamento em 2025. Ela destacou que a proposta do fundo pode beneficiar todos os biomas brasileiros, incluindo Cerrado e Pantanal.
Além do fundo, Marina Silva comentou a agenda da COP30, que deve priorizar ações de adaptação às mudanças climáticas. A ministra alertou que cerca de 500 mil mortes por ano já são causadas por ondas de calor e defendeu a necessidade de criar estruturas adaptadas, como escolas climatizadas, espaços amplos e centros comunitários.
Ela também comemorou a redução dos incêndios florestais no Brasil em 2025. Segundo dados mencionados por ela, a queda foi de 88% na Amazônia, 48% no Cerrado e 98% no Pantanal.
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“É muito significativo, mas isso precisa de recursos e de muito trabalho”, concluiu.
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