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Cotidiano

Brasil pode ter 12 dias sem água por ano até 2050, afirma Instituto

Calor mais intenso, a falta de chuva e o desperdício de água pressionam os reservatórios

Yasmin Gomes

28/10/2025 às 21:00

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Nas regiões mais vulneráveis, como nordeste e centro-oeste, a situação tende a ser pior, o desabastecimento pode passar de 30 dias

Nas regiões mais vulneráveis, como nordeste e centro-oeste, a situação tende a ser pior, o desabastecimento pode passar de 30 dias | Freepik

O Brasil pode enfrentar longos períodos sem água nas próximas décadas. Uma projeção do Instituto Trata Brasil mostra que, até 2050, o país pode ter média de 12 dias de racionamento por ano devido às mudanças climáticas e da ineficiência na distribuição.

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Nas regiões mais vulneráveis, como nordeste e centro-oeste, a situação tende a ser pior, o desabastecimento pode passar de 30 dias. O calor mais intenso, a falta de chuva e o desperdício de água pressionam os reservatórios e afetam diretamente a qualidade de vida dos brasileiros.

Com chuvas abaixo da média em São Paulo, o governo, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, anunciou na última sexta-feira (24/10) um plano de contingência para o abastecimento de água diante do risco de uma nova crise hídrica na Grande São Paulo.

Em 2023, o país consumiu 10,7 bilhões de metros cúbicos de água, o equivalente a 175 litros por pessoa por dia, segundo o estudo. O consumo deve crescer 25% até 2050, chegando a 219 litros diários por habitante.

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Risco de escassez

Ao mesmo tempo, a oferta de água deve cair 3,4%, o que amplia o risco de escassez. A elevação das temperaturas pode aumentar o consumo em até 12,4%.

“Se o calor subir mais rápido e o consumo não cair, o racionamento pode começar antes”, alerta Luana Pretto, presidente do Instituto Trata Brasil.

Outro desafio é o desperdício. Só em 2023, 7 bilhões de metros cúbicos de água tratada foram perdidos em vazamentos e ligações irregulares, volume suficiente para abastecer o país inteiro no futuro.

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Atualmente, 40% da água tratada não chega às torneiras. Mesmo com uma redução lenta das perdas, de apenas 0,6% ao ano, o ritmo é insuficiente para evitar o desabastecimento.

A escassez, lembra Luana, atinge primeiro quem mais precisa: “A população mais vulnerável sofre sem caixa d’água, sem condições de armazenar. Falta para cozinhar, para higiene, e isso traz doenças. A água é o motor da vida, da indústria e da agricultura.”

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