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Cotidiano

Haddad revela estratégia do Brasil para reverter tarifas que prejudicam americanos

Governo concentra esforços diplomáticos e técnicos para reverter tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros

Maria Eduarda Guimarães

07/10/2025 às 23:00

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Haddad atribuiu parte da tensão com os EUA à atuação de grupos de extrema direita no Brasil

Haddad atribuiu parte da tensão com os EUA à atuação de grupos de extrema direita no Brasil | Gabriela Biló/Folhapress

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (7/10) que o governo brasileiro está concentrando esforços diplomáticos e técnicos para reverter as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

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Segundo ele, um dos principais argumentos nas negociações será o impacto negativo que essas medidas têm causado aos próprios consumidores americanos.

“O povo dos Estados Unidos está sofrendo com o aumento tarifário. O café da manhã, o café e a carne estão mais caros, e eles deixarão de ter acesso a produtos brasileiros de alta qualidade, inclusive em setores industriais”, declarou Haddad durante participação no programa “Bom Dia, Ministro”, da EBC.

Desde agosto, uma sobretaxa de 40% tem sido aplicada a produtos brasileiros como café, frutas e carnes, dentro de uma política protecionista implementada pelo ex-presidente Donald Trump.

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A decisão, segundo Trump, seria uma retaliação a medidas do governo brasileiro consideradas prejudiciais a empresas americanas de tecnologia e à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado em 2023.

Diplomacia direta com os EUA

Na segunda-feira (6/10), o presidente Lula conversou por videoconferência com Donald Trump por cerca de 30 minutos e pediu a retirada da sobretaxa e de outras medidas restritivas contra autoridades brasileiras.

Como resposta, Trump indicou o senador Marco Rubio para conduzir as negociações. Os presidentes também trocaram números de telefone para manter contato direto e planejam um encontro presencial.

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Apesar da pressão de setores que defendem uma postura mais dura, Haddad defendeu a condução diplomática da crise:

“A estratégia decidida pelo presidente Lula vai render os melhores frutos para o Brasil, independentemente de quem seja designado para negociar. A diplomacia brasileira, com os argumentos que tem, vai superar esse momento, que foi um grande equívoco, baseado muito mais em desinformação do que em fatos”, afirmou.

Críticas à desinformação 

Haddad atribuiu parte da tensão com os EUA à atuação de grupos de extrema-direita no Brasil, que estariam transmitindo informações distorcidas sobre a situação política nacional.

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“Está cada vez mais claro para o governo dos Estados Unidos, como para o mundo inteiro, que não está acontecendo nada no Brasil que não siga absolutamente as regras democráticas do Estado de Direito”, disse o ministro.

O ministro também ressaltou que os Estados Unidos mantêm superávit comercial nas relações bilaterais com o Brasil e possuem grandes oportunidades de investimento no país, especialmente em setores estratégicos como energia limpa, minerais críticos e transformação ecológica.

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