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Cotidiano

Cacique Raoni clama por fim dos estudos para exploração da foz do Amazonas

Aos 93 anos, liderança indígena disse ser necessário todos se posicionarem 'contra esse tipo de coisa ruim'

Bruno Hoffmann

11/11/2025 às 17:30  atualizado em 11/11/2025 às 17:46

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Cacique Raoni durante participação na COP30

Cacique Raoni durante participação na COP30 | Aline Massuca/COP30

O Cacique Raoni Metuktire, uma das principais lideranças indígenas do Brasil, apelou nesta terça-feira (11/11) pelo fim dos estudos para exploração de petróleo na foz do rio Amazonas.

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Na língua kaiapó, com tradução feita por um assistente, o ativista destacou a importância de dar prioridade ao meio ambiente.

'Estou sabendo que querem perfurar petróleo, mas não podemos permitir que isso aconteça', disse Raoni em estande do MPF/Aline Massuca/COP30
'Estou sabendo que querem perfurar petróleo, mas não podemos permitir que isso aconteça', disse Raoni em estande do MPF/Aline Massuca/COP30
Esta é a edição da COP30 com maior representatividade de povos originário/Aline Massuca/COP30
Esta é a edição da COP30 com maior representatividade de povos originário/Aline Massuca/COP30
O debate 'Exploração de petróleo e gás na foz do Amazonas' foi promovido no estande do Ministério Público Federal (MPF)/Aline Massuca/COP30
O debate 'Exploração de petróleo e gás na foz do Amazonas' foi promovido no estande do Ministério Público Federal (MPF)/Aline Massuca/COP30

“Estou sabendo que querem perfurar poços de petróleo, mas não podemos permitir que isso aconteça. Sou contra guerras, conflitos, sou contra a poluição dos rios e o desmatamento. Se continuarem a poluição e o desmatamento, algo muito ruim pode acontecer com todos nós”, destacou Raoni.

Aos 93 anos, ele também disse que está “cada vez mais cansado e velho”, mas afirmou ser necessário todos se posicionarem “contra esse tipo de coisa ruim”.

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Esta é a edição da COP30 com maior representatividade de povos originários. Segundo os organizadores, cerca de mil indígenas brasileiros e estrangeiros participarão das negociações oficiais durante a conferência climática mundial.

Indígenas contra o petróleo

O debate “Exploração de petróleo e gás na foz do Amazonas”, promovido no estande do Ministério Público Federal (MPF), teve a participação de outras lideranças indígenas.

Para Luene Karipuna, moradora do Oiapoque, no Amapá, e coordenadora da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará (Apoianp), foi um grande erro liberar os estudos sem ouvir as comunidades tradicionais.

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“Eles nos atacam completamente de um lugar onde vivemos há muitos anos, de onde tomamos banho no rio, de onde nos conectamos com os caruanas, lugares sagrados onde a gente foi criado. É isso que está em jogo. O mundo não pode mais continuar com a exploração de petróleo”, afirmou ela.

No mês passado, a Petrobras conseguiu a licença do Ibama para começar a pesquisa exploratória na região conhecida como Margem Equatorial, que abrange o litoral do Amapá. Nas águas profundas da região, a área é apontada como “novo pré-sal”, devido ao alto potencial petrolífero.

Ao obter a licença, a Petrobras informou que atendeu a todos os requisitos estabelecidos pelo Ibama e que cumpre todas as regras do processo de licenciamento ambiental.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um dos defensores da continuidade dos estudos, desde que respeitem o licenciamento ambiental.

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