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Cotidiano

Abic desmente café proibido pela Anvisa e revela que selo de pureza era falso

Indústrias precisam passar por quatro etapas de análise para obter a certificação

Yasmin Gomes

24/09/2025 às 21:10  atualizado em 24/09/2025 às 21:51

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Café Câmara é fabricado por duas empresas em situação irregular com a Anvisa

Café Câmara é fabricado por duas empresas em situação irregular com a Anvisa | Imagem gerada por inteligencia artificial

Após a proibição da Anvisa da marca de café Câmara, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) afirmou que a empresa falsificou o selo de pureza, que atesta os cafés feitos com 100% de grãos.

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A Abic diz que a Sociedade Abast do Com e da Indústria de Panificação Sacipan S/A (Sacipan), empresa responsável pela fabricação do café, não faz parte de sua associação desde 2016 e já foi notificada por uso indevido do selo de pureza.

O Café Câmara é fabricado pela Sacipan e pela Lam Fonseca Produtos Alimentos Ltda. Segundo a Anvisa, ambas estão em situação irregular.

A última análise feita pela Abic sobre o Café Câmara, em fevereiro de 2024, indicou que o produto estava impuro.

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A proibição da comercialização ocorreu após um laudo do Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen/RJ) identificar fragmentos de vidro em um lote (n.º 160229) do café nesta terça-feira (23/9).

O que é o selo de pureza

Criado em 1989, o selo de pureza da Abic identifica os cafés feitos com 100% de grãos e distingue os produtos que não seguem padrões de qualidade.

Atualmente, a Abic segue as regras definidas em 2022 pelo Ministério da Agricultura. A norma determina que os pacotes não podem conter mais de 1% de impurezas ou materiais estranhos.

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Entre as impurezas estão galhos, folhas e cascas. Já os materiais estranhos incluem pedras, areia e sementes de outras plantas. Também é proibida a presença de elementos como corantes e açúcar.

As regras passaram a valer em 2023 e reforçaram as ações de fiscalização do governo, como as operações que apreenderam marcas de “café fake”.

O que é considerado um café puro

Atualmente, as indústrias precisam passar por quatro etapas de análise para obter a certificação. São elas:

  • Microscópica: que avalia a pureza do café. Ou seja, certifica que se o produto possui adição de outros ingredientes, por exemplo;
  • Sensorial: os cafés são provados às cegas por especialistas, que verificam a qualidade e classificam o tipo do produto: tradicional, extraforte, superior, gourmet e especial;
  • Auditoria de boas práticas: técnicos visitam a fabricante para avaliar se os itens obrigatórios de fabricação são cumpridos, como higiene e qualidade do café;
  • Monitoramento na gôndola: amostras dos cafés certificados são coletadas diretamente nas prateleiras dos mercados, sem aviso, para garantir que o produto segue dentro dos padrões exigidos — mesmo após a certificação.
     
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