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Trânsito parado na 23 de Maio na manhã desta quarta-feira; | /Othon Diego/Fotoarena /Folhapress
A capital paulista registrou uma manhã de caos no transporte com a greve dos metroviários nesta quarta-feira (19). Além de ônibus lotados e confusão para embarcar, o paulistano enfrentou lentidão recorde no trânsito. Foram 161 quilômetros de congestionamento por volta das 9h da manhã, segundo informações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
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Este ano, São Paulo chegou a registrar maiores índices de congestionamento, porém no período noturno, no retorno dos paulistanos para casa. De acordo com a CET, na quarta-feira passada (12), o índice de lentidão no mesmo horário foi de 69 quilômetros.
A paralisação de quatro linhas do metrô de São Paulo às 7h da manhã fez com que o trânsito se complicasse ainda mais. A Prefeitura implantou a operação Paese e as linhas 4-Amarela e 5-Lilás operam normalmente, assim como todas as linhas da CPTM.
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Durante a tarde, a operação parcial das linhas pode continuar. Porém, a Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo informou que ingressou na Justiça com um pedido de liminar para que a greve seja suspensa e a operação volta ao normal em todas as linhas. A Justiça ainda não se pronunciou sobre o pedido.
Segundo o Metrô, pelo menos 2 milhões de passageiros foram impactados pela paralisação. Metroviários realizam ainda nesta tarde uma nova assembleia para decidir os próximos passos do movimento grevista. Entre as principais reivindicações da categoria estão o reajuste salarial.
Veja nota na íntegra do Metrô:
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"É inadmissível que o sindicato dos metroviários, com toda a linha de frente vacinada e com a crise econômica que estamos passando, decida fazer uma greve que irá prejudicar exclusivamente o cidadão que necessita do transporte público para ir ao trabalho.
O Metrô de São Paulo fez uma proposta de acordo salarial aos seus empregados muito acima do que é praticado no mercado de trabalho e previsto na legislação trabalhista. O sindicato certamente vive em uma realidade diferente do restante do país, que sofre com desemprego, perda de renda e fome. O Metrô manteve todos os serviços e seus empregados, apesar do prejuízo de R$ 1,7 bilhão no último ano e de mais de R$ 300 milhões no primeiro trimestre de 2021.
Ainda assim, o Metrô ofereceu a manutenção de diversos benefícios, muito além dos exigidos pela CLT, como o pagamento de vales Refeição e Alimentação, Previdência Suplementar, Plano de Saúde sem mensalidade, hora extra de 100% (CLT determina 50%), adicional noturno de 35% (CLT determina 20%), abono de férias em 60% (CLT determina 1/3), complementação salarial para afastados e auxílio creche/educação, dentre outros.
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Reivindicar novos aumentos salariais e de benefícios, punindo a população com a paralisação do transporte público e deixando milhares de pessoas que cuidam de serviços essenciais, como saúde e segurança sem transporte é uma atitude desumana e intransigente. Lamentamos muito que isso esteja ocorrendo e iremos trabalhar para oferecer o melhor transporte possível aos cidadãos. Liminar da Justiça do Trabalho determina manutenção de 80% dos trabalhadores no horário de pico e 60% nos demais horários, sob pena de R$ 100 mil diários".
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