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Cotidiano

'Careca do INSS' é preso em esquema que desviou bilhões da aposentadoria

Polícia Federal cumpre mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Distrito Federal

Hebert Dabanovich

12/09/2025 às 08:25  atualizado em 12/09/2025 às 08:37

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Antônio Carlos Camilo Antunes é conhecido como o 'Careca do INSS'

Antônio Carlos Camilo Antunes é conhecido como o 'Careca do INSS' | Reprodução/Linkedin

A Polícia Federal (PF) prendeu Antônio Carlos Camilo Antunes, mais conhecido como o “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, nesta sexta-feira (12/9), suspeitos de envolvimento nas fraudes do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

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Foi revelado um amplo esquema de fraudes e desvios de dinheiro das aposentadorias e pensões do INSS após investigação da PF. Antunes foi apontado pela Polícia Federal como o lobista “facilitador” do caso.

Segundo a PF, associações e entidades que oferecem serviços a aposentados cadastravam pessoas sem autorização, com assinaturas falsas, para descontar mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS.

Entre os anos de 2019 e 2024, o prejuízo pode chegar a R$ 6,3 bilhões. Em abril, quando a fraude foi revelada, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido.

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Antunes chegou a ser levado para a Superintendência do Distrito Federal. Os agentes também fazem buscas na casa dele.

Segundo as investigações, ele realizou a transferência de R$ 9,3 milhões para pessoas relacionadas a servidores do INSS entre 2023 e 2024.

Em São Paulo, Camisotti foi preso após ser apontado como sócio oculto de uma entidade e beneficiário das fraudes na Previdência. 

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O advogado Nelson Willians também foi alvo da operação. Os agentes estiveram na casa e no escritório dele na cidade de São Paulo.

Ao todo, serão cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo e no Distrito Federal. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, foi quem expediu os mandados.

Como o esquema funcionava

De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a PF, as entidades investigadas:

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  • Ofereciam pagamento de propina a servidores do INSS para obter dados de beneficiários;

  • Usavam assinaturas falsas para autorizar descontos;

  • Criavam associações de fachada, muitas vezes presididas por idosos, pessoas de baixa renda ou aposentados por incapacidade.

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Essas associações realizavam cadastros de aposentados e pensionistas do INSS sem autorização e passavam a descontar mensalidades diretamente na folha de pagamento. Em diversos casos, os idosos não tinham conhecimento de que estavam sendo “associados”.

Ainda há registros de aposentados que, no mesmo dia, foram afiliados a mais de uma entidade, com erros de grafia idênticos nas fichas, apontando para fraudes.

Segundo a PF, os dirigentes e servidores do INSS recebiam vantagens indevidas para facilitar a inclusão de descontos nos contracheques dos aposentados, enquanto associações de fachada viabilizavam os desvios.

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Toda investigação começou em 2023 na CGU, no âmbito administrativo. Em 2024, após a CGU identificar indícios de crimes, foi acionada a Polícia Federal.

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