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Protesto pedágio Raposo Tavares | Divulgação/CCI/ARTESP
Os movimentos “Nova Raposo Não” e “Pedágios Não” promovem neste sábado (30/8) uma carreata intermunicipal, apelidada de “Nossa Raposo”, em protesto contra a instalação de pedágios e a privatização da Rodovia Raposo Tavares.
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A mobilização terá três pontos de saída: São Paulo, Cotia e Vargem Grande Paulista. As carreatas devem se encontrar em frente à Prefeitura de Cotia e seguir juntas até o Parque Francisco Rizzo, em Embu das Artes.
O professor Ernesto Maeda, liderança do movimento, alerta para possíveis pontos de congestionamento e reforça a importância da priorização do transporte coletivo, como o metrô, em vez do aumento do uso de veículos particulares nas ruas.
Segundo os organizadores, a concessão da Raposo Tavares à iniciativa privada, Ecovias no trecho entre o km 10 e o km 34, e CCR do km 34 até Araçoiaba da Serra, ocorreu sem a realização de consultas públicas ou estudos de impacto socioambiental.
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O novo traçado entre Cotia e Embu das Artes deve afetar mais de 350 nascentes e cerca de 150 mil árvores, atravessando a Área de Proteção Ambiental (APA Embu Verde) e passando a menos de 1 km da Reserva Florestal do Morro Grande, em Cotia.
Essa mudança, segundo ambientalistas, pode comprometer o abastecimento de água da região do Alto Cotia (que atende cerca de 400 mil pessoas) e do sistema Guarapiranga (aproximadamente 5 milhões de pessoas).
Além disso, a instalação de um pedágio no km 37, prevista ainda para 2025, deve afetar moradores e trabalhadores da região. Em protestos anteriores, como o realizado em julho no bairro Mirante da Mata, houve atuação da Polícia Militar com a Tropa de Choque.
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O pedágio adotará o sistema free flow, com seis pórticos de cobrança no trecho entre Butantã e o km 39. A estimativa é que um motorista que use o trecho nos dois sentidos durante 20 dias por mês pague cerca de R$ 300 em tarifas.
Dados do litoral paulista, onde o sistema já está em operação, indicam que quase 10 mil motoristas ficaram inadimplentes em menos de dois meses. Quem não pagar terá multa de R$ 195 por pedágio não quitado e receberá cinco pontos na CNH.
O movimento também critica a ausência de investimentos em transporte público, o impacto ambiental da obra e o longo período de intervenções viárias, que, segundo os organizadores, não resolveriam os problemas de mobilidade nas cidades afetadas.
Entre as alternativas propostas está a criação de acessos diretos de Cotia às linhas de trem de Itapevi e Carapicuíba.
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A carreata busca:
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