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Médico acusado de homicídio qualificado do Noah Palermo é inocentado | Reprodução
Na noite de segunda-feira (3) um médico foi inocentado da acusação de homicídio qualificado do menino Noah Palermo. O julgamento durou 14 horas e aconteceu no Fórum Criminal de São Carlos, no interior de São Paulo.
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O julgamento, que começou por volta de 9h, teve 4 votos pela absolvição e 3 pela condenação. Foram ouvidas 4 testemunhas de defesa e 4 de acusação, além de um perito.
O Júri foi composto por quatro homens e três mulheres.
Essa foi a primeira vez no município que um médico foi a júri popular por acusação de crime em hospital.
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Durante depoimento, a mãe de Noah, Vanessa Palermo, explicou que, depois do enterro do filho, começou a pesquisar sobre o médico na internet e encontrou uma foto dele vestido com a camisa da seleção. Após alguns dias, o pai localizou outra imagem do médico no estádio falando ao telefone, prova que foi anexada ao processo.
Vanessa relatou que se sentiu culpada por deixar o filho aos cuidados do médico. O pai de Noah, Marcos Palermo, disse em depoimento que o médico trocou o filho dele por um jogo de futebol.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) condenou o médico e suspendeu o exercício profissional dele por 30 dias.
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Segundo a decisão do órgão, o médico se precipitou ao fazer a cirurgia de apêndice em Noah. O Cremesp entendeu ainda que o cirurgião errou ao ignorar as ligações das enfermeiras do hospital e também de um médico da Santa Casa.
Noah Alexandre Palermo, de cinco anos, morreu em 2014 após complicações de uma cirurgia para a retirada do apêndice feita pelo médico, na Santa Casa.
A criança foi diagnosticada com apendicite no dia 4 de junho. Ele passou por cirurgia no dia seguinte, mas teve complicações e acordou com fortes dores abdominais na manhã do dia 6. O médico disse que era normal e receitou remédio para gases. Segundo o prontuário, ele também receitou vitaminas.
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Na tarde do dia 6 de junho ele sofreu uma parada cardíaca e acabou sendo encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva, (UTI) onde foi reanimado. Apesar das tentativas, ele não resistiu e morreu no início da madrugada do dia 7 de junho.
A família denunciou o médico ao Ministério Público e o acusou de ter feito um diagnóstico errado. A acusação sustentou que o médico assumiu o risco da morte da criança e deixou de prestar atendimento, após viajar para ver um jogo da seleção brasileira.
Em 2008, o cirurgião já havia sido condenado pela Justiça do Rio de Janeiro em 1 ano e 4 meses de prisão, por ter mandando uma paciente viva para o necrotério de Nova Iguaçu.
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A pena foi convertida para prestação de 487 horas de serviços comunitários e pagamento de 100 salários mínimos. A 2ª Vara Criminal informou que o médico fez um acordo com a família da vítima, mas não cumpriu o que estava combinado.
Antes da decisão da Justiça, o Conselho Regional de Medicina (CRM) do Rio tinha inocentado o médico. Segundo a justificativa, o médico não teria infringido o código de ética.
*Texto sob supervisão de Lara Madeira
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