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Na passagem de junho para julho, o maior aumento foi registrado no preço do tomate, que variou 31,5%, para R$ 7,55 o quilo, em média | /Fernanda Cruz/Agência Brasil
Os preços dos alimentos não têm dado trégua ao consumidor e se mantêm em alta neste ano. Prova disso é que a cesta básica pesquisada no ABC pela Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André (Craisa) ficou em média 2,1% mais cara em julho.
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Com isso, o conjunto de 34 itens essenciais passou a custar R$ 933,90, contra R$ 914,65 no mês anterior, o que impôs ao consumidor gasto adicional de R$ 19,25.
Trata-se da sexta alta mensal seguida. Em 12 meses, o valor da cesta subiu 25,4% na região. No mesmo período, a prévia da inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), variou 8,59%.
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Na passagem de junho para julho, o maior aumento foi registrado no preço do tomate, que variou 31,5%, para R$ 7,55 o quilo, em média. Também com alta na casa de dois dígitos, o açúcar refinado ficou 10,1% mais caro e passou a custar R$ 3,63 o quilo.
Entre os itens que mais pesam na composição da cesta, a carne bovina de 2ª (acém) teve reajuste médio de 4,4%, para R$ 34,34 o quilo, enquanto o corte de 1ª (coxão mole) avançou 2,6%, para R$ 41,85 o quilo. O arroz ficou 0,3% mais caro e foi vendido, em média, por R$ 24,50 o pacote de 5 kg, enquanto o leite longa vida subiu 3,2%, para R$ 3,87 o litro.
Desde o ano passado, as altas nos preços dos alimentos têm sido impulsionadas pelo aumento da demanda por itens básicos, além da valorização do dólar e do crescimento das exportações. Agora, os preços ganham novo elemento de pressão: o clima.
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“O Brasil sofre seca histórica há alguns meses, seguida agora de forte geada. Em plantações importantes, como em Minas Gerais, 70% da produção de café foi comprometida. As baixas temperaturas provocaram a desfolha das safras e até mataram plantas mais novas, fundamentais para as colheitas futuras. Fomos informados por todos os fornecedores sobre a alta nos preços, que serão repassados aos consumidores”, comentou Gustavo Defendi, diretor da Real Cestas, de São Bernardo.
Segundo Defendi, o aumento no preço do arroz decorre da alta no do milho. “O produtor teve de substituir o milho pelo arroz para a ração do gado”, explicou.
O diretor acredita que, por causa das geadas, arroz, feijão e derivados de trigo terão novas altas expressivas. “Para a dona de casa que vai ao supermercado, o que pode ser feito é mudar os produtos na hora da compra, buscando marcas de boa qualidade, mas com preços mais acessíveis. Existem opções a um preço mais em conta e com qualidade muito boa”, sugeriu.
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QUEDAS
No sentido contrário, o levantamento da Craisa registrou quedas expressivas nos preços da batata (-27,3%) e da cebola (-22,1%). A pesquisa é baseada no consumo de uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) pelo período de 30 dias.
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