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Cotidiano

CIA perde agentes em operações que comprometem serviço secreto dos EUA

Cresce o número de informantes da CIA que foram mortos, capturados ou aliciados por inimigos de Washington

Maria Eduarda Guimarães

05/10/2021 às 17:17  atualizado em 05/10/2021 às 17:22

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CIA Estados Unidos

CIA Estados Unidos | Reprodução

Oficiais dos serviços de contraespionagem dos Estados Unidos alertaram todas as bases da CIA, agência de inteligência americana, sobre o crescimento no número de informantes no exterior que foram mortos, capturados ou aliciados por inimigos de Washington.

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O conteúdo da mensagem ultrassecreta de circulação interna foi abordado em reportagem publicada pelo New York Times nesta terça-feira (5). De acordo com pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pelo jornal americano, o alerta descreveu um número específico – ainda não publicado – de agentes executados por agências de inteligência rivais.

A mensagem deu destaque ainda às dificuldades que o serviço americano tem encontrado para recrutar informantes em "ambientes operacionais difíceis". Segundo a reportagem, agências adversárias da CIA em países como Rússia, China, Irã e Paquistão identificaram agentes americanos nos últimos anos e, em alguns casos, os transformaram em agentes duplos.

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No memorando interno, os oficiais reconhecem os avanços de outros países em tecnologias como scanners biométricos, reconhecimento facial, inteligência artificial e ferramentas de hacking que possibilitaram o rastreamento dos movimentos da CIA.

Em tese, a agência americana é a melhor do mundo em coleta e análise de dados ultrassecretos a partir de uma rede humana de informantes em vários países, mas as revelações da reportagem indicam, no mínimo, que os EUA têm enfrentado dificuldades para manter essa hegemonia.

Perder informantes em países e situações sensíveis para os interesses de Washington não é um problema novo, mas a comunicação da CIA demonstrou que o cenário é mais urgente que a percepção pública que se tinha até agora.

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Segundo pessoas ouvidas sob anonimato pelo New York Times, os principais alvos da mensagem eram agentes envolvidos diretamente no recrutamento de novos informantes e na verificação de fontes. Além disso, o memorando buscava estimular a CIA a pensar sobre medidas para aprimorar a gestão dos informantes.

"No final do dia, ninguém está sendo responsabilizado quando as coisas vão mal com um agente", disse ao jornal americano o ex-agente da CIA Douglas London. "Às vezes, há coisas além do nosso controle, mas também há ocasiões de descuido e negligência, e pessoas em cargos de chefia nunca são responsabilizadas."

Questionada pelo New York Times, a porta-voz da CIA não quis comentar o caso.

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Ex-funcionários da CIA ouvidos pelo jornal dizem que as habilidades da agência em frustrar serviços de inteligência adversários enferrujaram depois de décadas focando em ameaças de terrorismo.

A mensagem interna especifica o número de agentes mortos ou presos por inimigos, mas não detalha a quantidade de informantes aliciados por adversários. Se transformados em agentes duplos, esse grupo é particularmente prejudicial aos interesses dos EUA porque podem alimentar a CIA com informações distorcidas.

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