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Mar segue avançando sobre casas da Praia de Atafona, no litoral do Rio | Reprodução/YouTube
A praia de Atafona, na cidade de São João da Barra, no litoral do estado do Rio de Janeiro, segue sendo engolida pelo mar. Hoje, é possível ver ruínas do que sobrou de antigas edificações, como casas e prédios públicos.
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Há pelo menos sete décadas a localidade perde cinco metros por ano de terreno para o fundo do mar. Isso porque o distrito fica localizado bem no meio do delta do rio Paraíba do Sul, que atravessa os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio.
Ao todo, a bacia do Paraíba do Sul tem 943 barragens, que diminuem a vazão do rio e a quantidade de sedimentos que carrega.
A pesquisadora Thaís Baptista, da Universidade Federal Fluminense (UFF), estuda o fenômeno e tenta entender o que acontece em Atafona.
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"Ao longo de cinco, quatro mil anos atrás, várias vezes aconteceram esses processos de erosão costeira. Aí, a planície erodia, mas depois ela voltava a se recuperar”, disse ela, em entrevista ao portal G1.
“O que a gente pode dizer é assim: eu não acredito que as barragens sejam o estopim da erosão, mas pode ser que as barragens, atualmente, estejam intensificando o processo de erosão, que provavelmente tem causas mais naturais", continuou a pesquisadora.
Um relatório da ONU divulgado no ano passado colocou Atafona como uma das 31 localidades mais ameaçadas do mundo pela elevação dos oceanos.
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Entre 1990 e 2020, o mar subiu 13 centímetros na região, e pode subir mais 21 até 2050. Fenômenos semelhantes, mas em menor escala, também acontecem em outros pontos do País.
Muitas famílias já foram obrigadas a abandonar suas casas. Uma parte dos moradores, porém resiste no local, à espera de tempos melhores.
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