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Cubatão, na Baixada Santista, vai representar o estado de São Paulo na conferência | Daniel Villaça/Gazeta de S. Paulo
Três décadas após ter sido conhecida mundialmente como o “Vale da Morte”, devido aos altos índices de poluição industrial, Cubatão, na Baixada Santista, vai representar o estado de São Paulo na área oficial de negociações da COP30.
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A Organização das Nações Unidas (ONU) certificou 13 cidades paulistas com o selo “Cidade Verde do Mundo”. Ao todo, há 34 municípios brasileiros na lista.
A cidade será a única paulista a integrar a Zona Azul (Blue Zone), um espaço reservado para as negociações entre líderes globais, e participará da Zona Verde(Green Zone), voltada à sociedade civil, instituições públicas e privadas e lideranças mundiais ligadas à inovação e sustentabilidade.
A apresentação oficial das iniciativas do município está marcada para o dia 15 de novembro, às 15h, com o prefeito César Nascimento, acompanhado da vice-prefeita e secretária de Habitação, Andrea Castro, e do secretário de Meio Ambiente, Segurança Climática e Bem-estar Animal, Cleiton Jordão.
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A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima ocorrerá de 10 a 21 de novembro, em Belém, no Pará.
Cubatão se reinventou e se tornou símbolo da recuperação ambiental brasileira, e pretende levar à COP30 um portfólio de projetos que combinam tecnologia, justiça climática e soluções baseadas na natureza.
Entre os destaques estão cinco projetos habitacionais que garantem moradia digna a milhares de famílias e eliminam ocupações em áreas de encosta. Além disso, o município já recuperou três milhões de metros quadrados de manguezais, com a readequação das comunidades Vila Esperança e Vila dos Pescadores.
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Cubatão também apresentará na COP30 o Parque Natural Cotia, que será revitalizado como polo de ecoturismo e educação ambiental, e o Projeto de Biotecnologia para Resíduos Sólidos, que transforma resíduos em biogás e biofertilizantes.
O plano mais ambicioso, a Cidade Verde e Tecnológica, prevê o uso de matriz energética renovável, com foco em hidrogênio verde, e o objetivo de tornar Cubatão uma cidade carbono neutra até 2035. A estratégia inclui fazendas solares em áreas industriais e um programa municipal de créditos de carbono.
Outro projeto inovador é o Cidade Resiliente às Mudanças Climáticas, que transformará o território em uma “cidade esponja”, um conceito que prevê jardins filtrantes, pavimentos permeáveis e telhados verdes, reduzindo riscos de enchentes e ilhas de calor.
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A cidade ainda aposta em Corredores Ecológicos, conectando serra, rios e mangues, e no Projeto Cubatão Sustentável, que moderniza a coleta seletiva com frota carbono neutra e ações de educação ambiental itinerantes.
O turismo de natureza completa o portfólio com roteiros de observação de aves e capacitação comunitária para fortalecer o ecoturismo na Serra do Mar e no estuário.
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