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Cotidiano

Cidade na Grande SP será a 1ª da América Latina a gerar energia elétrica do lixo

Projeto promete reduzir em até 90% o volume de resíduos enviados a aterros sanitários

Yasmin Gomes

13/10/2025 às 22:30

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Usina vai processar até 870 toneladas de resíduos por dia, vindos de Barueri, Santana de Parnaíba e Carapicuíba

Usina vai processar até 870 toneladas de resíduos por dia, vindos de Barueri, Santana de Parnaíba e Carapicuíba | Divulgação

O Brasil vai sediar a primeira usina Waste-to-Energy (WTE) da América Latina, a tecnologia que converte lixo em energia elétrica. A unidade será construída em Barueri, na Grande São Paulo, e deve começar a operar no primeiro trimestre de 2027.

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A planta, chamada Unidade de Recuperação Energética (URE Barueri), ocupará uma área de cerca de 37 mil m² e promete reduzir em até 90% o volume de resíduos enviados a aterros sanitários, além de gerar 20 MW de energia a partir da queima controlada do lixo, tratando os gases e resíduos gerados e evitando a poluição.

Segundo a Associação Brasileira de Energia de Resíduos (Abren), o projeto marca um divisor de águas no País.

870 toneladas por dia

Financiada pelo grupo Orizon, a usina vai processar até 870 toneladas de resíduos por dia, vindos de Barueri, Santana de Parnaíba e Carapicuíba. O projeto é conduzido pela Interunion Santin Projetos e Integrações, responsável pela engenharia, aquisição e construção (EPC).

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A proposta partiu da própria prefeitura de Barueri, que hoje precisa enviar seu lixo para o município vizinho de Santana de Parnaíba. O objetivo é tornar a cidade autossuficiente na gestão dos resíduos.

A tecnologia Waste-to-Energy é amplamente utilizada em metrópoles da Europa, da Ásia e nos Estados Unidos desde os anos 1990. Atualmente, há 1.884 usinas do tipo no mundo, responsáveis pelo tratamento de 11% dos resíduos produzidos globalmente.

A energia gerada pela URE Barueri será distribuída por meio de uma linha de transmissão de 300 metros, ligada à rede de 138 kV da Enel. Dois contratos de venda de energia já foram firmados: um no Leilão A-5 de 2021, com 12 MW, e outro no Leilão A-5 de 2022, com 1,2 MW, ambos com contratos de 20 anos.

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Desafios e perspectivas

Apesar do potencial, o setor ainda enfrenta desafios. Para a Abren, é preciso criar um marco regulatório para viabilizar investimentos e combater estigmas sobre as usinas térmicas.

O modelo também exige contratos de longo prazo e garantia contínua de fornecimento de resíduos, o que ainda é raro no Brasil.

Além do projeto de Barueri, há planos semelhantes em andamento em Mauá, Campinas, Seropédica, no Rio de Janeiro, e em Brasília, no Distrito Federal.

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No Estado de São Paulo, estão previstas duas novas UREs até 2028, cada uma com capacidade de 1.000 toneladas por dia e 30 MW de potência instalada, com meta de reduzir em até 70% o envio de resíduos a aterros sanitários até 2040.

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