Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
No comparativo regional, os melhores resultados estão concentrados no Sudeste e Sul do País | Adriano Rosa/PMC
A cidade de Campinas, no interior de São Paulo, aparece em primeiro lugar no novo ranking do saneamento 2025, divulgado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a GO Associados, neste mês de julho.
Continua depois da publicidade
O levantamento avalia os 100 municípios mais populosos do País, com base em dados de 2023 e mostra que somente 12 deles investem acima do valor médio necessário para a universalização dos serviços.
Na segunda e terceira posições do ranking estão Limeira, também no interior, e Niterói, no Rio de Janeiro.
A média de investimento anual recomendada pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) para alcançar a universalização até 2033 é de R$ 223,82 por habitante.
Continua depois da publicidade
Entre os 20 melhores colocados, a média investida foi de R$ 176,39 por pessoa. Já entre os 20 piores, o valor foi de R$ 78,40, cerca de 65% abaixo do ideal.
Além do investimento, o estudo considera indicadores de atendimento e eficiência. Enquanto os municípios no topo do ranking apresentam 98,85% de cobertura de água e 97,4% de esgoto, os piores colocados têm, em média, 81,5% de abastecimento de água e apenas 30% de esgoto.
No comparativo regional, os melhores resultados estão concentrados no Sudeste e Sul do país. Dos 20 primeiros colocados, nove são do estado de São Paulo.
Continua depois da publicidade
Já entre os 20 últimos, há predominância de municípios das regiões Norte e Nordeste, sendo que oito são capitais estaduais, como Rio Branco (AC), Macapá (AP) e Porto Velho (RO).
A capital com maior investimento per capita foi Cuiabá (MT), com R$ 415,02 por habitante. Por outro lado, Rio Branco (AC) teve o menor investimento per capita: R$ 8,09 por pessoa.
São Paulo, que lidera em valor total investido, aplicou R$ 11,5 bilhões entre 2019 e 2023, valor muito superior à média nacional, que reforça o protagonismo da cidade no setor. A cidade ampliou recentemente o desconto nas contas de água e esgoto.
Continua depois da publicidade
O relatório aponta ainda que os municípios com melhor desempenho tendem a apresentar menores índices de perdas na distribuição de água e maiores taxas de tratamento de esgoto.
Enquanto Campinas, por exemplo, trata cerca de 84% do esgoto coletado, algumas cidades entre as piores colocadas, como Santarém (PA), tratam menos de 4%.
Segundo o Instituto Trata Brasil, os dados reforçam a urgência de investimentos para o País alcançar a meta de universalização do saneamento até 2033, como previsto no Novo Marco Legal do Saneamento Básico.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade