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Esses bichos artificiais imitam perfeitamente os movimentos e o calor corporal dos coelhos-dos-brejos | Divulgação/Universidade da Flórida
As pítons birmanesas, uma das maiores cobras do mundo, estão causando um grande desequilíbrio no ecossistema da Flórida, nos Estados Unidos. Para tentar controlar essa praga, pesquisadores da Universidade da Flórida tiveram uma ideia inusitada: usar coelhos robôs como isca.
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Como espécie invasora, elas não têm predadores naturais na região e se reproduzem rapidamente, dominando o topo da cadeia alimentar.
Essas cobras chegaram à Flórida há décadas através do comércio de animais exóticos. Desde então, várias tentativas de controle falharam, incluindo torneios de caça, contratação de caçadores profissionais e até o rastreamento de machos da espécie.
O grande desafio é que as pítons são excelentes predadoras e se escondem muito bem no ambiente pantanoso da região. Espécies invasoras causam desequilíbrio ambiental no mundo inteiro, e controlar os animais costuma ser um desafio quase impossível.
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A nova estratégia envolve 40 coelhos robôs movidos a energia solar, soltos nos pântanos em julho, segundo o jornal The Palm Beach Post.
Esses bichos artificiais imitam perfeitamente os movimentos e o calor corporal dos coelhos-dos-brejos, a presa preferida das pítons. Um estudo de 2015 mostrou que essas cobras são responsáveis por 77% das mortes de coelhos no Parque Nacional Everglades.
A armadilha tecnológica funciona assim: quando uma píton se aproxima do robô, câmeras com sensores de movimento alertam os cientistas em tempo real. Testes com coelhos de verdade já deram certo antes, mas criar tantos animais vivos para servir de isca seria difícil. Os robôs, que não precisam de cuidados, podem ser a solução perfeita.
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Apesar dos esforços, especialistas acreditam que eliminar completamente a espécie da Flórida seja quase impossível. Por enquanto, os coelhos robôs estão sendo testados em locais secretos. Se não derem certo, os cientistas planejam uma segunda fase: adicionar cheiro de coelho aos robôs para torná-los ainda mais convincentes.
*Sob supervisão de Bruno Hoffmann
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