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O que chama atenção, entretanto, se dá ao comparar que a Baixada Santista, com 221.299 casos e 8.456 mortes, está à frente de países como a Irlanda, que teve 1.6 milhões de exames positivos para a patologia e 7.922 óbitos | Martin Sanchez/Unsplash
Localizada no Estado brasileiro que mais registrou mortes e casos por Covid-19, a região metropolitana da Baixada Santista deve fechar seus números de óbitos com marcas superiores às de países inteiros, o que inclui nações europeias e americanas vizinhas a grandes focos da patologia. Mesmo com números de casos extremamente inferiores, as nove cidades do litoral paulista despontam com mais mortes do que nações que tiveram 7 vezes mais casos em algumas comparações.
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Quase 33 meses após o início da pandemia de Covid-19, que teve seu primeiro caso registrado na província de Wuhan, na China, em dezembro de 2019, a Baixada Santista possui, somados os dados das nove cidades que podem ser encontrados no portal da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), 221.299 casos confirmados de coronavírus e 8.456 mortes pela mesma doença.
Os números divulgados pelo órgão ligado ao Governo do Estado de São Paulo indicam que Santos, São Vicente, Praia Grande, Guarujá, Cubatão, Itanhaém, Mongaguá, Bertioga e Peruíbe tiveram mais exames positivos de casos de Covid-19 do que parte razoável dos países encontrados na lista da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Para se colocar em perspectiva, se a Baixada Santista fosse tratada pela instituição como uma nação, ela se encontraria na 111ª posição quando se trata de casos, ficando à frente de países como Islândia, El Salvador, Laos, Afeganistão, Trinidad e Tobago e uma dezena de outras nações que tiveram 220 mil casos de Covid-19 ou menos.
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Ao se tratar de mortes, em contrapartida, a Região inteira saltaria mais de 30 posições, passando a ocupar a 73ª colocação. O que chama atenção, entretanto, se dá ao comparar que a Baixada Santista, com 221.299 casos e 8.456 mortes, está à frente de países como a Irlanda, que teve 1.6 milhões de exames positivos para a patologia e 7.922 óbitos, quase 550 mortes a menos.
Com estatísticas similares às da Baixada, o Afeganistão apresentou à OMS documentos que apontam que o país localizado na parte central da Ásia teve 199 mil casos e 7.798 mortes. Já ao se comparar a realidade da Região com a de outros países sulamericanos, o Uruguai também fica atrás quando se trata de mortes por Covid-19, foram 7.485 ao todo, enquanto registrou 985 mil casos da doença, mais de quatro vezes do que o total do litoral paulista indicado anteriormente.
Analisando as nações que ficam nas posições superiores à Baixada Santista, é possível encontrar Panamá, que registrou 8.497 mortes e 987 mil casos, e Cuba, com 8.530 óbitos e 1.1 milhão de pessoas infectadas. A Armênia vem logo em seguida, com 8.643 óbitos, um pouco acima da Baixada, mas com o dobro de casos, 443 mil, ao todo.
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GEOGRAFIA.
Quando se leva em consideração a densidade geográfica de uma região, a Baixada Santista conta com 2.419 km² de dimensões e aproximadamente 1.8 milhão de habitantes. Seguindo com uma confrontação sulamericana de estatísticas, a Região pode ser comparada com a capital do Uruguai, Montedivéu, que tem 1.3 milhão de pessoas vivendo na cidade, mas dividindo 201 km², o que significa 715 habitantes por km² entre as 9 cidades do litoral paulista contra 6.726 pessoas por km² na metrópole uruguaia.
Os números mais uma vez agem contra as cidades praianas, que tiveram mais de 7 mil óbitos a mais do que Montevidéu (foram 1.050 mortes ao todo, segundo o departamento de saúde local) apesar da densidade populacional no município uruguaio ser vastamente superior.
Todas as estatísticas encontradas nesta matéria acompanham dados divulgados até a última quarta-feira (28).
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